O secretário-geral do PS e primeiro-ministro assumiu, no domingo, o compromisso de “descongelar” a segunda fase do hospital da Guarda e de “arrancar” com a obra que é desejada há vários anos pela população.
“E porque queremos que quem cá viva [no interior do país] tenha tão boas condições de vida aqui como quem vive nos grandes centros urbanos do litoral, é que nós assumimos o compromisso de descongelar a segunda fase do hospital da Guarda e arrancar com essa obra que é fundamental para o futuro desta cidade”, disse António Costa no comício realizado na Praça do Município.
Hoje, a Comissão Política Distrital do PSD da Guarda, presidida por Carlos Peixoto, emitiu um comunicado com o título “Um primeiro-ministro gozão e bonacheirão”, no qual refere que António Costa “tratou de forma reinadia e gozona aquilo que deve ser tratado de forma responsável e séria”.
Segundo o PSD, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro “mais uma vez brincou com os guardenses” e, “com o habitual sorriso de lábios, tomou-os por tolos”.
“Que vergonha! Um primeiro-ministro que deixou a saúde no distrito no maior degredo de sempre, com listas de espera infindáveis, sem capacidade para contratar recursos humanos e material cirúrgico, com especialidades que não funcionam, com medicamentos que se atrasam e com um investimento 50% inferior relativamente a 2015, lança agora os seus foguetes e inaugura agora uma nova forma de fazer política”, consideram os sociais-democratas.
A distrital do PSD/Guarda aponta que o primeiro-ministro “antes prometeu e não cumpriu” e “agora anuncia, mas não faz, o que é mais atrevido e despudorado”.
“O que tem a obrigação de resolver não resolve. O que sabe que cria expectativa e não vai resolver diz mentirosamente que vai fazer. Enfim, mais uma triste historieta, que devia ser proibida e castigada em tempos de campanha eleitoral”, acrescenta.
Segundo o comunicado, “o projeto da obra [da segunda fase do hospital] ainda nem sequer está feito” e “a definição do que se quer também não”.
“Já se projetou um investimento de cerca de 50 milhões de euros, que depois passou para sete milhões, depois ainda para quatro milhões e, agora, já se fala em menos de três milhões. É emagrecer até morrer. Mas de projeto em projeto, de balela em balela, de evento em evento, alimenta-se a ilusão, enganam-se alguns e fazem-se manchetes”, lê-se.
O PSD/Guarda considera “deplorável esta velha forma de fazer política” e afirma que “a Guarda e o interior de Portugal não precisam disto”.
“Já chega de malabarismos. Precisamos de respeito, de ética e de verdade”, conclui.
António Costa promete “descongelar” 2.ª fase do Hospital da Guarda