A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) irão cooperar com o IPG na elaboração do estudo, que terá de apresentar, “no prazo máximo de seis meses”, a identificação e a escolha do local onde será instalado, na Guarda, o Centro Nacional de Educação Rodoviária.
O protocolo que visa a realização de um estudo aprofundado que aborde “boas práticas existentes nos Estados Membros da União Europeia em matéria de organismos de Educação Rodoviária e a sua adaptação às realidades educacional e rodoviária nacionais” foi hoje celebrado no IPG, com a presença do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que também procedeu à sua homologação.
A parceria hoje estabelecida abrange ainda o modelo de constituição da instalação do Centro Nacional de Educação Rodoviária em Portugal, concretamente no concelho da Guarda, “para promoção da aquisição de conhecimentos e competências que facultem uma integração preventiva, consciente, responsável e segura em matéria de prevenção e segurança rodoviárias por parte dos intervenientes no ambiente rodoviário, designadamente através de formação ministrada aos docentes e responsáveis pela educação de crianças e jovens em idade escolar”.
O ministro da Administração Interna destacou hoje a escolha da Guarda pela sua posição geoestratégica e disse que o Governo pretende dinamizar um serviço que comece a funcionar “com uma doutrina estabelecida”.
“Com uma doutrina que permita lançar, quer no sistema educativo, quer nas campanhas de sensibilização de comportamentos rodoviários, quer nas ações de formação dirigidas às forças de segurança, que têm um papel decisivo na implementação destas políticas, possam estabelecer padrões uniformes, que possam contribuir, na formação dos cidadãos, desde a infância”, declarou Eduardo Cabrita.
No seu discurso, o governante apontou depois alguns dados relacionados com a sinistralidade rodoviária, lembrando que entre 2010 e 2018 ocorreu uma redução de mortalidade nas estradas de cerca de 35%.
Os dados finais de 2018 apontam para “uma ligeira redução do número de mortos”, disse.
Já os resultados de 2019 indicam para 30 mortes a menos, em comparação com 2017, e com seis a menos que o ano passado, indicou.
“Diria que são resultados moderadamente encorajadores, mas que não nos dispensam de fazer o que estamos aqui hoje a fazer. Nós queremos mais. Queremos absoluta intolerância perante práticas de risco”, assumiu.
Na cerimónia, o presidente do IPG, Joaquim Brigas, destacou a satisfação pelo envolvimento no processo de criação do futuro do Centro Nacional de Educação Rodoviária e propôs que o mesmo venha a ser instalado naquela instituição.
O responsável anunciou que o IPG vai lançar em breve uma pós-graduação em proteção civil, que vai dar destaque à prevenção rodoviária, e está a trabalhar para a criação de um curso de técnico superior profissional na mesma área, a que se poderá também seguir uma licenciatura na mesma área.