“Portugal chama. Por si. Por todos” é o lema da campanha nacional que vai para o ar esta sexta-feira. A mensagem é direcionada a quem vive no mundo rural, para que não faça queimas e queimadas sem pedir autorização. E a quem nele viva ou não, mas lá tenha terrenos, para que deles cuide, fazendo a limpeza adequada na faixa de 50 metros em redor das casas e de 100 metros em redor das aldeias até 15 de março.
Seis pequenos filmes passarão na rádio e televisão e a mensagem será propagada em páginas de jornais e em mais de 200 outdoors espalhados pelo país.
“A ideia é colocar o tema na agenda e atacar as causas. Não basta as pessoas só reclamarem mais aviões e bombeiros”, adianta ao Expresso Tiago M. Oliveira, presidente designado da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
“As pessoas têm de cuidar do que é seu”, acrescenta, lembrando que 97% da propriedade é privada e que cerca de metade dos incêndios ocorridos em 2018 tiveram como causa queimas e queimadas de sobrantes agrícolas.
A campanha, que custou cerca de 200 mil euros, também apela ao cadastro das terras, aproveitando o registo gratuito.
““Portugal chama” é muito mais do que uma campanha, é um apelo à ação, que lança um desafio a todos os portugueses para que se mobilizem e contribuam para um país protegido de incêndios rurais graves”, sublinha o presidente da Agif.