A Câmara Municipal da Guarda vai continuar a apostar este ano na limpeza das florestas e na prevenção para minimizar o problema dos incêndios florestais, anunciou hoje o seu presidente.
“Vamos definir um plano de ataque no domínio da prevenção”, disse hoje o autarca Álvaro Amaro (PSD) aos jornalistas, no final da reunião quinzenal do executivo onde o assunto foi abordado.
Durante a reunião, o vereador socialista Eduardo Brito perguntou “o que está a ser planeado” pela autarquia em relação à limpeza de matos e à aplicação da lei, com o objetivo de minimizar as consequências dos fogos rurais.
Álvaro Amaro lembrou que, em 2017, no âmbito do plano municipal contra incêndios, o município investiu 600 mil euros em várias ações, com destaque para a limpeza das faixas de segurança.
“Foi feito um investimento brutal. O que nos conforta é que se não tivéssemos feito [o investimento], porventura, os impactos podiam ser maiores. E é isso que nos incentiva a prosseguir”, afirmou.
Garantiu que este ano a autarquia vai “continuar a apostar na limpeza e na prevenção”.
“Eu estou disponível para fazer tudo o que estiver ao meu alcance, com mais ajudas do Governo, menos ajudas do Governo. Nós investimos mais de 600 mil euros no verão passado e estamos dispostos naturalmente a continuar a investir de modo a minimizar esse problema. E acho que trabalhámos muito e acho, sinceramente, que o minimizámos”, rematou.
Em relação aos apoios disponibilizados este ano pelo Governo, reafirmou “que se controle, que se fiscalize o mais possível, mas que se faça”, porque “o caminho é o estímulo à prevenção e não o da penalização”.
“Quando o Governo vem dizer que tem uma linha de crédito de 50 milhões [de euros], vamos ver qual vai ser o acesso se não alterarem o quadro onde ela se torna mais efetiva”, observou.
Na opinião de Álvaro Amaro, “a questão chave [para diminuir os incêndios rurais] é ocupar e vigiar a floresta 24 horas por dia”.
Na mesma reunião, o vereador do PS, Eduardo Brito, referiu-se ao anunciado aumento nas Scut (vias sem custos para o utilizador), como é o caso das autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Vilar Formoso/Aveiro), e lamentou a decisão.
“É um sinal preocupante ao qual daremos combate forte. Nós somos pela abolição total das portagens e não aceitamos este aumento. O Governo tem que repensar muito rapidamente esta relação com as Scut porque a região perde muita competitividade com esta questão das portagens”, declarou.
O presidente da autarquia lembrou que na semana passada a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela aprovou por unanimidade um voto de indignação pelo aumento de portagens nas antigas Scut que servem a região.
O aumento “é incoerente e não faz sentido, principalmente nestes territórios de baixa competitividade”, afirma Álvaro Amaro.