O presidente da Comissão Política Distrital do PSD da Guarda, Carlos Peixoto, disse hoje que respeita a decisão do presidente do partido, Pedro Passos Coelho, que considera “prudente” e “sensata”.
“Claro que respeito essa decisão, porque essa é uma decisão, em primeiro lugar, pessoal e individual do líder do partido. Se ele diz que vai refletir sobre os resultados [das eleições autárquicas] para que depois possa decidir se avança ou não para a liderança do partido, obviamente que essa decisão tem de ser respeitada, porque é dele”, disse Carlos Peixoto à agência Lusa.
O líder do PSD assumiu no domingo a responsabilidade por “um dos piores resultados de sempre” do partido em eleições e admitiu não se recandidatar à liderança do partido.
“Farei uma reflexão aprofundada sobre as condições para me submeter a um novo mandato”, disse Passos Coelho, explicando que essa reflexão será feita com a sua comissão política, mas será, sobretudo, uma reflexão pessoal.
Reiterou que não se demite da presidência do PSD, mas não excluiu a possibilidade de não voltar a disputar a liderança do partido nas diretas que se realizarão no início do próximo ano.
“Respeito e entendo a posição do líder do partido”, sublinhou o dirigente distrital do PSD/Guarda.
Carlos Peixoto considera que Pedro Passos Coelho está a tomar “uma decisão prudente, sensata, de um homem sólido, de um homem que consegue perceber que tem de se fazer leituras daquilo que se passou”.
“Isto sem que signifique que eu esteja de acordo com uma posição de abandono da liderança do partido ou da não recandidatura. Não é nada disso. Eu acho é que as reflexões fazem parte do caráter dos homens inteligentes”, concluiu.