O candidato da coligação “Guarda em Primeiro” (CDS-PP, MPT e PPM) à presidência da Câmara da Guarda nas eleições de 01 de outubro, Carlos Adaixo, defendeu na passada quinta-feira a reabilitação do património histórico da cidade.
“A Guarda tem 817 anos, é um património inestimável que temos de preservar”, disse Carlos Adaixo na sessão de apresentação dos candidatos à autarquia e à Assembleia Municipal da Guarda.
Segundo o candidato, a autarquia deve usar o património existente para recuperar o prestígio da cidade e tirar proveitos económicos.
“Ou seja, usar esse património, essa riqueza histórica, usar esse passado no bom sentido e usá-lo como forma de reaver algo do nosso prestígio e reabilitar algo da nossa economia”, justificou.
Carlos Adaixo disse no seu discurso que a economia que tem sido apresentada no concelho nos últimos quatro anos, com o executivo PSD/CDS-PP, liderado pelo social-democrata Álvaro Amaro, “é uma economia de vassalagem”.
“É uma economia de exportação da pouca riqueza que temos, é uma economia de vender ao desbarato e de estragar as nossas memórias e de não dar importância àquilo que nós somos enquanto cidade”, justificou o candidato da coligação “Guarda em Primeiro”, que é apoiada pelo CDS-PP, partido que também está representado por um vereador no atual executivo municipal da Guarda.
Para as eleições autárquicas de 2017 a Distrital do CDS-PP da Guarda optou por não fazer coligações com o PSD, “abrindo as suas listas a independentes e a todos quantos queiram defender o progresso e o bem comum das suas gentes e localidades”, segundo o partido.
No programa eleitoral da candidatura liderada pelo independente Carlos Adaixo à autarquia da Guarda surge a proposta de criação de uma “fábrica de cultura” para “reabilitar e disponibilizar, no centro histórico, edifícios camarários a criadores culturais”.
O candidato disse aos jornalistas que o atual autarca Álvaro Amaro, que se recandidata ao segundo mandato, em vez de construir e embelezar rotundas, por cada projeto desta natureza devia apostar em recuperar “três, quatro habitações no centro histórico” da cidade.
O candidato à presidência da Assembleia Municipal pela coligação “Guarda em Primeiro” é Henrique Monteiro.
Na sua intervenção observou que a lista que lidera é “maioritariamente feminina” e as mulheres estão presentes porque “querem participar ativamente na vida política da Guarda”.
O atual presidente da autarquia da Guarda, Álvaro Amaro, vai concorrer ao segundo mandato pelo PSD, o PS candidata Eduardo Brito, Jorge Mendes é o candidato do BE e Carlos Canhoto lidera a candidatura da CDU.
Nas eleições autárquicas de 2013, o social-democrata conquistou ao PS a presidência da câmara, que era gerida por este partido desde as primeiras eleições autárquicas (1976).
O atual executivo municipal da Guarda é presidido por Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), ocupando a coligação cinco mandatos autárquicos e o PS os outros dois.