O IPG obteve o pleno de candidaturas que a instituição se podia submeter e assegurou a participação em mais nove projetos com instituições de Ensino Politécnico congéneres.
Uma das candidaturas aprovadas relaciona-se com o Projeto Trails4Health o qual surge como uma oportunidade de utilizar a região da Serra da Estrela, para potenciar uma prática desportiva saudável em contacto com a natureza, explorando e qualificando a atratividade regional.
Assim, o referido projeto pretende implementar uma ação científica no terreno, por aproximação das instituições de ensino superior ao meio envolvente, assente numa intervenção localizada no sistema territorial de modo a gerar resultados que suportem práticas saudáveis e rentáveis para os operadores turísticos.
Como nos foi referido, “objetiva-se caracterizar o esforço de pedestrianismo, ao longo de uma grande rota, que no futuro seja sustentada por indicadores técnicos, físicos e digitais.”
Deste modo vão ser criadas sinergias entre entidades procurando a “viabilidade de modificação e homologação de percursos pedestres a serem congregados numa grande rota ajustada por etapas e que contemple parte da Serra da Estrela.”
Assim, serão avaliados indicadores fisiológicos (esforço cardíaco e gasto energético) e biomecânicos (impacto articular e muscular) discriminadores do esforço requerido para completar cada trilho; poderão identificar-se, como nos foi adiantado, qual ou quais serão os trilhos mais adequadas para cada utente, de acordo com a sua idade e/ou nível de aptidão física.
De acordo com Mário Costa, do Departamento de Desporto e Expressões do IPG, que coordena este projeto, o processo inerente será promovido por uma equipa interdisciplinar constituída por especialistas na área das Ciências do Desporto, Geografia, Turismo, Biologia, Engenharias Informática e Biomédica e especialistas de desportos outdoor.
O projeto Projeto Trails4Health irá culminar com uma plataforma informática que congregue as difeentes dimensões caracterizadoras dos trilhos, como produto vendível para o turismo ativo e desenvolvimento da região, que envolvam a atividade de pedestrianismo e que estejam sustentadas cientificamente por indicadores de esforço físico.
Para Mário Costa, trata-se de “uma oportunidade para catapultar a atratividade regional para outro patamar. A região da Serra da Estrela, carece de uma atração sazonal organizada que não a exclusiva prática de desportos de inverno. Assim, o presente projeto apresenta-se como uma mais-valia pelo conforto e paisagem que poderá proporcionar, pela segurança no esforço exigido aos praticantes e pelo desenvolvimento económico paralelo que poderá ser despoletado”.