Segundo Paulo Sequeira, comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, o exercício denominado “Total Training 36 – Incidentes, formação e treino de aperfeiçoamento”, irá decorrer entre as 9 horas de sábado e as 17 horas de domingo, envolvendo um total de cerca de 70 elementos e 15 veículos da corporação.
O treino está vocacionado para as diversas categorias, incluindo comando, oficiais e chefias dos bombeiros, e consta de uma jornada contínua de trabalho, durante a qual serão abordadas diversas valências operacionais.
O exercício terá por base um incêndio florestal e abordará temáticas como gestão de operações, combate a incêndios florestais, movimentação de meios (grupo combate), comunicações e logística, resgate combinado, segurança nas operações e salvamento e desencarceramento.
A ideia de realizar o treino operacional surgiu “devido ao facto de, na realidade, os bombeiros responderem a inúmeras situações de socorro em qualquer horário, e também pelo facto de durante o combate a incêndios florestais de alguma dimensão surgirem outros incidentes, como acidentes, quedas ou a proximidade [das chamas] de habitações, que obrigam a reações inopinadas e que alteram a gestão da própria operação”, explicou o comandante.
Com este exercício, Paulo Sequeira admite à Lusa que a corporação de bombeiros da Guarda consegue “treinar esses aspetos e reagir a situações que vão aparecendo ao longo do combate deste grande incêndio fictício”.
O responsável referiu ainda que a iniciativa, que é realizada pela primeira vez na região, visa “treinar e agilizar a gestão operacional e logística”, para testar capacidades e promover a melhoria do serviço prestado à comunidade.
Promover a aprendizagem, a melhoria de conhecimentos e “treinar a reação a novas situações que alteram a gestão operacional, a estratégia e a tática desenvolvidas até determinado momento e que obrigatoriamente têm que ser alteradas para responder a outro tipo de sinistro”, são outros dos propósitos a atingir.
As atividades do treino operacional vão decorrer na zona da carreira de tiro e do posto de vigia da Guarda, nas proximidades da cidade, para que os voluntários possam “envolver o maior número de meios” e para que, em caso de necessidade real, possam estar perto do quartel para atuar, disse Paulo Sequeira.
O corpo de bombeiros da Guarda tem cerca de 140 elementos, incluindo estagiários e o grupo de cadetes e de infantes.
O parque de viaturas da corporação encontra-se “envelhecido” e, segundo o comandante, existem carências, principalmente ao nível de ambulâncias de socorro, de veículos de apoio tático (autotanques), de ligeiros de combate a incêndios, de salvamento e desencarceramento.