Estas são algumas das medidas da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB) a que a Lusa teve acesso, um documento que será apresentado, em conjunto com um plano de ação, pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.
Entre as várias ações previstas para desenvolver a procura, aumentando o consumo de produtos biológicos, estão igualmente o incentivo à criação de ementas biológicas nos refeitórios, através de um sistema de classificação em consonância com a dieta mediterrânica.
Para desenvolver a procura de produtos biológicos, o Governo pretende ainda fomentar a articulação entre as explorações biológicas com atividades turísticas e de lazer.
A ENAB, que foi definida com um horizonte temporal de 10 anos (2027) e prevê uma avaliação/revisão intercalar ao fim de cinco anos (2022). Tem como metas duplicar a área de agricultura biológica para cerca de 12% da Superfície Agrícola Utilizada, actualmente é de sete por cento e triplicar as áreas de hortofrutícolas, leguminosas, proteaginosas, frutos secos, cereais e outras culturas vegetais destinadas a consumo direto ou transformação.
Duplicar a produção pecuária e aquícola em produção biológica, com particular incidência na produção de suínos, aves de capoeira, coelhos e apícola, e a capacidade interna de transformação de produtos biológicos são outras das metas a atingir com a Estratégia Nacional.
De acordo com dados da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), o peso da superfície em agricultura biológica em relação à superfície agrícola utilizada total é de cerca de 7%, sendo as regiões do Alentejo e da Beira Interior as que apresentam maior percentagem, com 64 e 19%, respetivamente.
Em 2015, a superfície em agricultura biológica atingiu os 239.864 hectares, equivalente à área do distrito do Porto, traduzindo, por um lado, a consolidação da produção biológica e, por outro, a resposta a um novo regime de apoios.