O ambiente é, atualmente, uma ‘questão central’ nas estratégias de desenvolvimento das cidades. Em Portugal, 26 municípios preparam-se para dar início a um conjunto de estratégias específicas para travar os piores cenários resultantes da mudança do clima. O projeto, com o nome ClimAdaPT.Local, é coordenado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e integra um conjunto de outras universidades, empresas, associações e municípios.
Desenvolvida no âmbito do projeto ClimAdaPT.Local, foi já aprovada a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC) do Município de Seia, que contribui antes de mais e no imediato, para a perceção da importância dos fatores climáticos presentes e das suas projeções para o futuro.
Segundo a autarquia, “as principais vulnerabilidades identificadas para o concelho passam pelo aumento da temperatura média anual, em especial das máximas, ondas de calor e secas, diminuição da precipitação anual (com potencial aumento da precipitação no inverno), ocorrência de fenómenos extremos e diminuição da frequência de neve e geada, transformações a considerar a médio/longo prazo.”
“São muitas as dimensões em que as alterações climáticas têm impacto e é fundamental diagnosticar os riscos e preparar as soluções de adaptação. Os impactos destas alterações serão sentidos em áreas tão distintas como a floresta, agricultura e pastorícia, recursos hídricos, parque natural, turismo e biodiversidade e energia, a saúde humana e conforto térmico do parque edificado”, acrescenta o Município de Seia.
Procurando estar na vanguarda da reflexão e ação sobre o importante tema da adaptação às alterações climáticas, as estratégias municipais de adaptação serão apresentadas pelos 26 municípios, numa conferência nacional a realizar no início do próximo mês de dezembro em Coimbra.
A integração da autarquia neste projeto reforça a responsabilidade neste processo, evidenciando, naturalmente, o compromisso com este desafio, para o qual é essencial a consciencialização das populações investindo na componente da educativa, pois é importante envolver as pessoas a partir da base num tema que é cada vez mais premente.
Uma iniciativa que vai permitir ao município implementar as conclusões apresentadas e assim melhorar as condições ambientais da região, a qualidade de vida das pessoas e fixar população. Um exercício construtivo para o futuro, no sentido de as pessoas se envolverem nesta estratégia e acreditarem que podem ter um município mais acautelado em relação aos impactos das alterações climáticas.