Em comunicado, o Bloco de Esquerda destaca que os sinais de degradação da Rede de Portuguesa de Museus não são novos e sublinha o caso particular de Foz Côa.
“Há vários anos que diversos museus estão paralisados devido a reduções tanto orçamentais como de recursos humanos. No entanto, o colapso financeiro do Museu do Côa não pode deixar de levantar alarme”, indica a Distrital do BE da Guarda.
Os bloquistas acrescentam que os trabalhadores do Museu do Côa e do Parque Arqueológico qualificam a situação de “caótica”, e descrevem um cenário de total colapso dos serviços onde até as linhas telefónicas se encontram inoperacionais.
No seguimento destas denúncias, a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda – Guarda, solicitou ao seu grupo parlamentar que questionasse o Governo sobre estas matérias.
O BE lembra que a criação da Fundação Côa Parque em 2010, sob a tutela da ex-ministra Gabriela Canavilhas, suscitou à altura “fundadas dúvidas” de operacionalidade.
Os bloquistas afirmam que o anúncio de incumprimento e penhora da Fundação “exige uma resposta célere e, ao contrário do sucedido em 2010, o Parlamento deve acompanhar o processo de forma transparente para não se repetirem erros desnecessários”.
No dia 16, a Comissão de Trabalhadores do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa declarou-se preocupada com a “insustentável” degradação financeira da Fundação Côa Parque (FC-P), entidade que gere a unidade museológica e o parque arqueológico.
E m declarações à agência Lusa, o representante da Comissão de Trabalhadores José Branquinho afirmava então que o anterior Governo nunca entendeu financiar a FC-P e que, por isso, se foram acumulando divididas a diversas entidades públicas.