“A administração deliberou suspender preventivamente o colaborador com efeitos imediatos”, refere um comunicado do Conselho de Administração da CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda.
A detenção do suspeito foi anunciada na sexta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) da Guarda.
“Tomou conhecimento a administração da CERCIG de que o colaborador com a função de gestor de formação havia sido constituído arguido na sexta-feira, dia 11 de dezembro de 2015, por suspeitas da prática de dois crimes de abuso sexual a formandos com défice cognitivo ligeiro, no período de 2007 e 2013”, acrescenta a nota da CERCIG enviada à agência Lusa.
A fonte refere que “sem prejuízo de presunção de inocência do arguido, a instituição não pode manter a seu serviço qualquer colaborador que possa estar indiciado por tais factos”.
A concluir, a nota assegura que “a CERCIG colaborou e continuará a colaborar com a Polícia Judiciária/Ministério Público a fim de se apurar a verdade dos factos indiciados”.
De acordo com um comunicado do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, o suspeito está indiciado da “autoria de, pelo menos, dois crimes de abuso sexual de pessoas incapazes de resistência, que se encontravam integradas numa cooperativa de educação e reabilitação de cidadãos inadaptados”.
“Os crimes terão ocorrido em data não concretamente apurada, entre os anos de 2007 e 2013, no interior da própria cooperativa de ensino, onde o detido exercia funções de natureza formativa” está referido.
Segundo a informação oficial, as vítimas têm atualmente 21 anos e “padecem de acentuado atraso global de desenvolvimento com notório défice cognitivo”.
O detido foi presente ao tribunal da Guarda e ficou sujeito a termo de identidade e residência.