O distrito de Castelo Branco vai ter este ano, a partir da fase “Charlie” (1 de julho a 30 de setembro), 137 equipas com 677 operacionais e 143 veículos, com o apoio de três helicópteros bombardeiros ligeiros que ficam estacionados em Castelo Branco, na Covilhã e Proença-a-Nova.
A partir de 20 de junho e até 5 de outubro dois aviões bombardeiros médios vão ficar estacionados em Proença-a-Nova.
Rui Esteves considerou que o dispositivo tem alguns ajustes em relação a 2014. “Quando há um dispositivo consolidado ele é em meios humanos, terrestres e aéreos”, referiu o comandante operacional distrital durante a apresentação do dispositivo para Castelo Branco. “Para nós é uma mais-valia contar com os dois aviões bombardeiros médios estacionados em Proença-a-Nova, porque eles não atuam só passado 90 minutos como aconteceu no passado, mas saem quando se justifica, numa intervenção diferenciada”, disse.
O responsável explicou que os meios aéreos estacionados em Proença-a-Nova “marcam a diferença” e adiantou que essa decisão “marcou toda a diferença em vários cenários” em 2014. Rui Esteves sublinhou ainda que, tal como tem dito ao longo dos últimos anos, “os incêndios não se combatem, previnem-se”. “Se tivermos uma maior prevenção e uma maior intervenção na prevenção, nomeadamente na limpeza à volta dos aglomerados populacionais, naturalmente que estaremos perante uma intervenção mais ténue dos bombeiros”.
Contudo, adiantou que além dessa situação que depende dos cidadãos, importa que se mantenha o empenho naquilo que é a prevenção “pura e dura”, isto é, no “ordenamento e compartimentação da floresta”.
O Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais para este ano de 2015 no distrito de Castelo Branco foi ontem apresentado no Comando Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco.
No distrito da Guarda, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios foi apresentado na cidade de Pinhel. Um dispositivo que terá apenas alguns ajustamentos em relação ao ano passado. O Comandante Operacional Distrital da Proteção Civil refere que “o grande desafio não está em aumentar o número de meios, porque o distrito possui um conjunto de meios que já é suficientemente robusto”. António Fonseca revela que estarão activos mais de 500 elementos em permanência e quase 200 viaturas, para além de meios aéreos. Em caso de situação de crise, a Proteção Civil poderia mobilizar toda a estrutura dos corpos de bombeiros voluntários do distrito, o que corresponderia a cerca de 1.200 elementos e 500 veículos. No entanto, António Fonseca espera que o grande ganho esteja ao nível de uma maior sensibilização das pessoas, recordando que “a maior parte dos incêndios ocorre por acto negligente e não por crime intencional”.