Greve dos trabalhadores da Administração Pública levou ao encerramento de várias escolas no Distrito da Guarda

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No distrito da Guarda, a greve dos trabalhadores da Administração Pública levou ao encerramento de várias escolas e, no setor da saúde, impossibilitou a abertura do centro de saúde do Sabugal e das extensões de saúde de São Romão e Tourais, em Seia, de acordo com Honorato Robalo, dirigente da União dos Sindicatos da Guarda.

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro garantiu hoje que a adesão à greve no distrito de Coimbra “foi muito grande” e elogiou a “posição clara dos trabalhadores contra a austeridade do Governo”.

O membro da direção executiva do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro Carlos Fontes explicou que muitos espaços públicos estiveram encerrados, dando como exemplo a maternidade Daniel de Matos, em Coimbra, e os balcões da segurança social e das finanças da Loja do Cidadão da mesma cidade.

De acordo com o sindicalista, o hospital Pediátrico de Coimbra registou uma adesão de 90%, o turno da noite do INEM cumpriu apenas serviços mínimos e as cantinas dos Serviços Sociais da Universidade de Coimbra também não funcionaram, assim como várias escolas do distrito.

Sobre o distrito de Viseu, o dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro Francisco Almeida disse à Lusa que “hoje há milhares de alunos sem aulas em vários pontos do distrito de Viseu”.

O coordenador da União dos Sindicatos de Viseu (USV), João Serra, afirmou que a greve está também a ter uma grande adesão nos três hospitais do distrito.

No distrito de Leiria, Manuel Pereira, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, disse haver “serviços fechados em diversas câmaras municipais”, considerando existir uma “boa adesão à greve”.

Na educação, várias escolas no distrito, do pré-escolar ao secundário, estão encerradas, segundo dados obtidos pela agência Lusa junto dos agrupamentos.

“Há uma forte adesão, do pré-escolar ao ensino superior”, declarou Ana Rita Carvalhais, do Sindicato dos Professores da Região Centro.

Na justiça, na cidade de Leiria, estão encerradas as secções de instrução criminal, a unidade central e de serviço externo, e as secções do trabalho, informou fonte do Sindicato dos Funcionários Judiciais, explicando que nos tribunais Judicial, de Trabalho e no Ministério Público a adesão ronda os 65%.

A greve tem repercussões, também, na saúde, com a União dos Sindicatos de Leiria a apontar, no hospital de Santo André, adesões entre os 50 e 100% em diversos serviços.

No distrito de Castelo Branco também se está a registar “uma adesão significativa” nos diferentes serviços da função pública, sendo que alguns estabelecimentos estão encerrados, disse à agência Lusa a porta-voz do Sindicato da Função Pública de Castelo Branco.

Cristina Hipólito especificou que há várias escolas encerradas, anunciando também que a repartição de finanças da cidade de Castelo Branco também foi encerrada pela manhã, havendo ainda vários serviços que estão a funcionar de forma “muito deficitária” e com registo de “constrangimentos”.

Cristina Hipólito frisou ainda que nos hospitais e centros de saúde a greve só não é sentida de forma mais forte devido aos serviços mínimos.


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