Contudo, o efeito desta medida conhecida há seis anos vai ser reduzido no IPG porque «a grande maioria destes docentes vai conseguir concluir o doutoramento dentro dos prazos», admite Constantino Rei. No final do ano passado, o presidente do Instituto deu a conhecer internamente a lista dos profissionais visados, 34 dos quais – cerca de 60 por cento – lecionam na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e dez na Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto (ESECD). A Escola Superior de Saúde tem três docentes nessa situação e a Turismo e Hotelaria (Seia) outros tantos. O responsável desdramatiza a situação e garante que «apenas dois a três professores sairão no final de agosto porque os seus contratos terminam e não se inscreveram no doutoramento, nada tendo feito para garantir o seu posto de trabalho», sublinha Constantino Rei.
O presidente do Politécnico da Guarda acrescenta que, entre agosto e dezembro, vão cessar os contratos de trabalho de «10 a 15 docentes nessa condição, pelo que, a haver dispensas, elas serão graduais. Mesmo assim, acredito que grande parte terminará o seu doutoramento dentro do prazo». Na prática, isso significa que os novos doutores serão imediatamente integrados na carreira como professores adjuntos, «o que é ótimo para eles», afirma Constantino Rei, para quem este regime também é bom porque obriga os docentes a qualificarem-se. Em contrapartida, as transições automáticas implicam um aumento da ordem dos 300 mil euros por ano da massa salarial da instituição. Segundo o responsável, atualmente mais de 50 por cento do corpo docente do Politécnico é doutorado, estimando-se que se chegue aos 60 por cento em 2016. «Temos mais défice de qualificações nas áreas da ESTH, que é a escola mais “nova” do IPG, mas também na Engenharia Topográfica. No resto estamos globalmente bem», afirma Constantino Rei.