Segundo o autarca Álvaro Amaro, a intervenção, que tem um custo estimado em cerca de 160 mil euros, será “uma pequena operação” para “dar mais luz e tornar mais possível passear” naquela rua que faz a ligação com a Praça Velha, onde está situada a Sé Catedral da Guarda.
O autarca reconhece que a intervenção prevista, da autoria do arquiteto João Madalena, poderá resultar em “estímulos indiretos à economia” da cidade mais alta do país.
O projeto de requalificação daquela rua foi ontem apresentado numa sessão realizada na Sala António de Almeida Santos, no edifício da Câmara Municipal, com a presença de comerciantes, de representantes de empresários e de autarcas, entre outros.
O arquiteto Hugo Menoita, que fez a apresentação do projeto, referiu que está prevista uma “intervenção leve”, mas que servirá para dar “algum dinamismo” à rua do Comércio.
Segundo o mesmo responsável, para além da instalação de alguns elementos urbanos (floreiras, bancos, papeleiras, entre outros), é proposta a colocação de uma chapa metálica que poderá “balizar e diferenciar o sentido do tráfego automóvel em relação aos espaços pedonais”, caso a artéria venha a ter novamente trânsito.
Haverá também “uma leve intervenção” no pavimento atual e as chapas horizontais, que vão ter uma calha lateral, poderão levar iluminação em lead, disse.
Nas próprias chapas horizontais é possível gravar, por exemplo, mensagens alusivas à Cantiga de Amigo (associada a D. Sancho I, rei fundador da Guarda) e à Balada da Neve, da autoria do poeta Augusto Gil, apontou Hugo Menoita.
O arquiteto referiu ainda que serão instalados “elementos de leve marcação no pavimento, que acabam por permitir que haja fluidez visual de toda a rua do Comércio e haver a tal separação que é imposta”.
O presidente da câmara anunciou que após as obras, em junho, a autarquia decidirá se a rua do Comércio continuará pedonal ou se terá trânsito, a partir da rua 31 de janeiro, com passagem pela Praça Velha ou pela rua Augusto Gil.
“Este projeto tanto serve se [a rua] amanhã for tapada ou continuar destapada, sem carros a passar ou com carros a passar. Acho que vale a pena dar-lhe este toque e depois decidimos se será atravessada por automóveis ou não”, concluiu Álvaro Amaro.
Na mesma sessão, a autarquia apresentou o plano de intervenção técnico nas árvores da cidade, a realizar nos próximos dois anos, com um custo de cerca de 45 mil euros.
O plano, aplicado no seguimento de um estudo elaborado por um docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, representa “um ato de embelezamento” da cidade, segundo o autarca.
Álvaro Amaro acredita que da intervenção “resultará uma cidade com árvores mais bonitas logo, uma cidade mais bonita”.