O seminário “Contributo do setor agroalimentar para o desenvolvimento territorial” decorreu ontem, à tarde, no Nerga, e contou com a presença de todos os parceiros do projeto. A iniciativa decorreu no âmbito do projeto AGRILOGIS- Logística e Distribuição na Fileira do Azeite que resultou de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade – Sistemas de Apoio Ações Coletivas. O seminário promovido pelo NERGA – Associação Empresarial da Guarda, a AAPIM -Associação Agricultores de Produção Integrada dos Frutos de Montanha, INOVCLUSTER – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, AGROCLUSTER Ribatejo e a ADSI – Agência para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação e do Conhecimento, contou com a presença de Nuno Vieira e Brito, Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar e com o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro.
O primeiro painel de oradores, moderado por José Assunção da AAPIM, esteve composto por Jorge Brandão, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR), que apresentou a “Estratégia para o setor Agroalimentar em Territórios de Baixa Densidade” e adiantou que “os territórios de baixa densidade devem ter mais competitividade”. A criação de novas empresas para promover o empreendedorismo qualificado e criativo, reforçar a capacitação empresarial para a internacionalização e promover o emprego são algumas das diretrizes do novo quadro comunitário que foram referidas por Jorge Brandão.
A “Competitividade e Inovação no setor Agroalimentar” foi objeto da comunicação de Luís Pinto de Andrade do Centro de Apoio Tecnológico Alimentar (CATAA). Laura Torres, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, abordou “A produção Biológica como fator de diferenciação”.
O segundo painel, que teve como principal enfoque o Projeto Agrilogis e a Fileira do Azeite, foi moderado por Paulo Gomes, diretor da revista “Voz do Campo”, e contou com a apresentação do modelo de cooperação aplicado à fileira do azeite, pelos parceiros do projeto.
A ADSI apresentou a plataforma e-marketplace que servirá de base à comercialização dos produtos e será a montra dos produtores que vierem a ser envolvidos neste projeto, estando direcionada para o negócio entre empresas, (B2B – Business to Business). Para fechar o segundo painel, José Laranjo apresentou a caracterização do olival na região da Beira Interior que se carateriza pela baixa produtividade. O professor sublinhou que “a Galega é a variedade mais cultivada nesta região”, ocupa 83 por cento do olival inquirido. José Laranjo indicou ainda que “60 por cento das explorações têm uma área entre um e cinco hectares”. Sendo que a maioria dos produtores têm olival disperso, “mas no final, as áreas de olival disperso e regular são equivalentes”.
Na sessão de encerramento, o presidente da Câmara Municipal da Guarda valorizou a iniciativa e anunciou a criação de um Centro de Competências para a Agricultura Biológica de âmbito nacional com o aval do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.
A iniciativa culminou com uma prova de azeite biológico de vários produtores da região.