É com isto que vai contar a Unidade Local de Saúde (ULS) para o próximo ano. «É um compromisso sério para com a Guarda», sublinhou Paulo Macedo no final da sessão de esclarecimento sobre o próximo Orçamento de Estado promovida pelo PSD na passada quinta-feira na Guarda.
À saída do encontro com os militantes locais, a que os jornalistas só puderam assistir em parte, o titular da pasta da Saúde garantiu que o orçamento do seu ministério «tem a possibilidade de concretizar as obras necessárias no Hospital da Guarda, designadamente em termos da ampliação da Urgência e das obras no edifício intermédio para permitir concentrar todos os serviços e valências no novo edifício e que ainda não foi possível transferir». Paulo Macedo acrescentou que esta intervenção «é necessária porque a obra que foi herdada estava mal feita». Numa curta declaração, em resposta a uma única pergunta, o ministro acrescentou que existirá também «a possibilidade de reforçar o número de médicos e de outros profissionais de saúde, o que já foi feito em termos substanciais em setembro e outubro, quando foram autorizados um número muito significativo de assistentes operacionais, de enfermeiros e médicos, num total de mais de cem profissionais». E repetiu: «Há esse compromisso de um novo reforço de profissionais para 2015».
Em junho passado, após uma visita ao novo bloco hospitalar, o governante já tinha estranhado que «nem todas as direções de serviço» tivessem passado para o novo edifício, «que é o que seria lógico e normal face a um investimento desta monta» e numa empreitada «projetada há mais de uma década que demorou cinco anos a fazer». Por isso, anunciou que o ministério iria estudar que «tipo de investimento adicional teremos que fazer para que, de facto, o hospital fique harmonioso». Na altura, Paulo Macedo já considerava a realização de obras no pavilhão 5, onde funcionavam as antigas Urgências, e «algumas obras» no novo edifício «porque tem que se tirar maior partido de espaços que estão vazios para os pôr ao serviço das pessoas».
Quanto ao tema da noite, o ministro considerou importante que o défice nacional fique abaixo dos 3 por cento em 2015 para o país ter «credibilidade», embora considere que «não é nenhuma meta mágica». Na sua opinião, «é apenas a meta que permite que deixemos de ter sobre nós procedimentos por parte da União Europeia, do acordo que Portugal celebrou do Tratado Orçamental. Deixemos de ter procedimentos contra Portugal por termos défices excessivos», referiu, lembrando que o nosso país apenas por «três vezes em 40 anos» ficou abaixo dos 3 por cento. Por sua vez, Carlos Peixoto, líder da distrital do PSD, deixou algumas críticas: «Não vejo vertido no Orçamento um verdadeiro plano de coesão territorial», lamentou, lembrando que as portagens na A23 e A25 «continuam a ser as mais caras do país».