É prrciso recuar a janeiro de 2012 para encontrar um universo menor.
Depois de vários trimestres consecutivos a subir, o desemprego de longa duração (conceito que abrange as situações de desemprego além de 12 meses) começou a diminuir, tanto entre os que procuram trabalho há mais de um ano ano, como entre os que estão desempregado há mais de dois. A queda, em cadeia e homóloga registada em setembro, foi mais acentuada junto dos homens do que das mulheres.
Em setembro, estavam desempregadas há mais de 12 meses mas há menos de 25 meses 145,8 mil pessoas e 315,1 mil encontravam-se nesta situação há mais de dois anos. Apesar de elevados, estes dados correspondem ao universo mais baixo desde o primeiro trimestre de 2012.
Ainda assim, os deseepregados de longa duração continuam a ter uma peso significativo no total do desemprego, representando mais de metade. Além disso, estas são as pessoas que se encontram mais perto de esgotar o subsídio de desemprego ou que deixaram já de receber esta prestação contributiva, substitutiva dos rendimentos de trabalho.
Não há informação sobre as causas para esta descida do número de desempregados de longa duração, ainda que o facto de estar a observar-se uma redução da taxa global de desemprego indicie que algumas destas pessoas estão a ser absorvidas pela criação de novos postos de trabalho. Uma parte substancial, contudo, tenderá a desaparecer das estatísticas oficiais porque, entretanto, terá conseguido reunir os requisitos se reformar.
Apesar de o acesso à reforma antecipada estar congelado no setor privado, permite-se que os desempregados de longa duração mais velhos entrem na reforma antes da idade legal para o fazer depois de esgotarem o período de concessão do subsídio de desemprego.
Em 2014, o acesso à reforma antecipada vai ser parcialmente descongelado, passando a estar disponível para quem tenha mais de 60 anos de idade e 40 anos de carreira contributiva.