Este valor é superior aos quatro mil milhões de euros de défice comercial registado no mesmo período do ano passado e aos 4,1 mil milhões de euros acumulados até maio, segundo os dados divulgados em agosto pelo gabinete de estatísticas europeu.
Entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE), o Reino Unido tinha em junho o maior défice da balança comercial nos primeiros seis meses de 2014 (-60,2 mil milhões de euros), seguido por França (-36,9 mil milhões), Espanha (-11,9 mil milhões) e Grécia (-10,6 mil milhões).
Em sentido contrário, a Alemanha continuou a apresentar o maior excedente comercial até junho, de 100,7 mil milhões de euros. A Holanda segue-se com 31,1 mil milhões de euros, à frente da Irlanda e Itália (com 17,6 e 17,3 mil milhões de euros, respetivamente).
O Eurostat divulgou ainda hoje a primeira estimativa para julho, tendo estimado que a zona euro fechou o mês com um excedente comercial de 21,2 mil milhões de euros.
Segundo estes dados, em julho, o comércio de bens entre os 18 países da zona euro e o resto do mundo foi positivo em 21,2 mil milhões de euros, acima dos 16,7 mil milhões de euros de junho e dos 18 mil milhões de euros de julho do ano passado.
«Em julho de 2014, comparado com junho de 2014, as exportações ajustadas da sazonalidade caíram 0,2% enquanto as importações cresceram 0,9%», lê-se ainda na informação divulgada pelo gabinete de estatísticas da União Europeia.
Já nos 28 países da União Europeia, o excedente foi de 1,7 mil milhões de euros, abaixo dos 2,8 mil milhões de euros do mês anterior (junho) e 10,8 mil milhões de euros de julho do ano passado.
O Eurostat detalhou ainda os números do comércio internacional para o primeiro semestre do ano, indicando que o défice energético diminuiu nesse período (-171,8 mil milhões de euros até junho face aos -186,3 mil milhões de euros até junho de 2013), mas que também diminuiu o excedente comercial com maquinaria e veículos (+123,2 mil milhões de euros).
Os maiores crescimentos nas exportações dos 28 países foram com China (+10%) e Coreia do Sul (+8%), sendo que nas importações as maiores subidas foram com Coreia do Sul (+11%), Turquia (+7%) e com China e Suíça (ambos com +5%).
Nas quedas, os maiores recuos nas exportações registaram-se com a Suíça (-22%), Rússia (-13%) e Índia (-11%) e nas importações com Rússia e Japão (ambos com -6%) e Noruega e Brasil (ambos com -5%).
Ainda entre janeiro e junho, houve um aumento do excedente comercial nas trocas com os Estados Unidos, com os 49 mil milhões de euros a compararem com os 44,4 mil milhões de euros dos primeiros seis meses de 2013, mas o saldo positivo caiu com a Suíça (para 22,6 mil milhões de euros) e com a Turquia (com 9,7 mil milhões de euros).
Já o défice comercial dos 28 Estados-membros caiu com a China (para 61,3 mil milhões de euros) e com a Noruega (para 18,4 mil milhões de euros), mas aumentou com a Rússia para 45,3 mil milhões de euros.