BE exige esclarecimentos sobre maternidades de Guarda, Covilhã e Castelo Branco

O Bloco de Esquerda (BE) voltou a questionar o Governo, através da Assembleia da República (AR), sobre o futuro das maternidades da Guarda, da Covilhã e de Castelo Branco.

Segundo a Comissão Coordenadora Distrital do BE/Guarda, o grupo parlamentar na AR, no dia 08 de maio, questionou o Governo sobre a Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, que vem alterar a organização da rede hospitalar em Portugal, mas o Governo ainda não respondeu, “tendo sido há muito ultrapassado os 30 dias” do prazo de resposta. “Neste sentido, e porque achamos ser uma matéria de grande importância para não ser respondida, o BE reenviou novamente a pergunta ao Governo”, refere Marco Loureiro, dirigente do BE/Guarda. O responsável diz, em nota enviada à agência Lusa, que as populações dos distritos da Guarda e de Castelo Branco “merecem conhecer a verdade sobre esta reorganização que o Governo se prepara para fazer, pois vive-se numa democracia e o Estado tem responsabilidades que deve cumprir”. O BE lembra que aquela portaria “coloca em causa a continuidade” das maternidades da Guarda, da Covilhã e de Castelo Branco. No documento entregue na AR, subscrito pelos deputados João Semedo e Helena Pinto, é recordado que a portaria “vem alterar a organização da rede hospitalar em Portugal, criando quatro grupos de unidades hospitalares, com características diferentes”. Serão criadas instituições do Grupo I e II e, segundo o BE, “o Grupo I não dispõe das valências de neonatologia ou ginecologia/obstetrícia, que se encontram adstritas apenas ao Grupo II”. A confirmar-se o preconizado na portaria, o partido prevê que “as maternidades em Portugal reduzirão drasticamente, passando a ser cerca de uma dezena”. Tendo em conta essa norma, segundo o BE, as populações de Guarda, Castelo Branco e Covilhã teriam que se dirigir a localidades como Viseu ou Vila Real para realizarem um parto, “uma vez que as unidades hospitalares desta região estão todas categorizadas como sendo do Grupo I”. “Perante o exposto, urge clarificar qual o futuro das maternidades da Guarda, de Castelo Branco e da Covilhã”, conclui o BE no requerimento que foi reenviado ao Governo.


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