A supressão do turno e redução dos postos de trabalho foi anunciada no final de maio pelo centro de produção de Mangualde.
Quando foi anunciado o relançamento do terceiro turno das fábricas de Mangualde, em fevereiro de 2013, para funcionar a partir de abril desse ano, estava previsto que funcionaria por um período mínimo de nove meses, mas acabou por funcionar durante 16 meses.
O lançamento deste turno em Mangualde resultou, segundo a empresa, do facto de a fábrica de Vigo do Grupo PSA registar naquela altura uma produção excecional e temporária, inerente à fase de lançamento dos modelos Citroen C-Elysée e Peugeot 301″.
Por isso foi transferida para Mangualde a produção “de alguns volumes dos modelos Citroën Berlingo e Peugeot Partner”.
Segundo a PSA de Mangualde, “este fator extraordinário terminou e as fábricas voltam à sua produção nominal”, levando ao ajustamento da atividade produtiva com a supressão do terceiro turno.
Serão reduzidos aproximadamente 280 postos de trabalho, passando a empresa a empregar cerca de 820 trabalhadores e a ter como referência uma produção de 192 veículos por dia.
O terceiro turno permitiu uma produção suplementar de cerca de 25.000 veículos, um acréscimo de exportações superior a 200 milhões de euros, mais quatro milhões de euros de salários e mais dois milhões de euros em impostos e contribuições sociais.
A PSA garantiu que os trabalhadores que agora deixam a empresa serão privilegiados em eventuais contratações futuras.
O grupo PSA – que é formado pelas marcas Peugeot e Citroën e está em 160 países – comercializou 2,8 milhões de veículos no mundo em 2013, 42% dos quais fora da Europa.
É o segundo maior fabricante europeu de automóveis, tendo registado em 2013 um volume de negócios de 54.100 milhões de euros.
A PSA de Mangualde produz os veículos Citroën Berlingo e Peugeot Partner e, atualmente, emprega 1.130 trabalhadores.
É a maior empresa da região e uma das maiores exportadoras de Portugal, tendo produzido, em 2013, 56.713 veículos.