Novo presidente da Fundação Côa Parque fará análise "muito atenta" da instituição

http://cdn.controlinveste.pt/storage/DN/2014/big/ng3609609.jpg?type=big&pos=0

O recém-nomeado presidente da Fundação Côa Parque disse este sábado que vai fazer uma “leitura muito atenta” da situação da instituição e, “eventualmente”, propor um novo modelo para a gestão daquela entidade cultural dos vales do rio Côa e Douro.

“O que estamos a fazer é uma leitura muita atenta da realidade e da situação em que está colocada a fundação, já que se trata de um projeto de futuro e estruturante para toda a região e ao mesmo tempo é considerado uma âncora para o desenvolvimento do Vale do Côa”, frisou António da Ponte, nomeado este mês a título provisório e que é também diretor Regional de Cultura do Norte. O responsável tem agora o desafio, nos próximos 60 dias, de encontrar o modelo mais sustentável para o projeto do Museu do Côa e do Parque Arqueológico do Vale do Côa. “Não é segredo para ninguém as dificuldades que a Fundação Côa Parque tem sentido e não posso garantir se o futuro modelo passa por uma fundação ou por qualquer outro”, acrescentou. António da Ponte substituiu no cargo Fernando Real. Para vogal do conselho de administração, o Governo nomeou Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal. A nova administração terá de apresentar, no prazo de 60 dias – até ao final deste ano – “um diagnóstico” sobre a fundação e propostas para “aperfeiçoar o seu modelo de gestão e o cumprimento da sua missão”, refere a secretaria de Estado da Cultura em comunicado. Terminado esse prazo, o Governo nomeará um conselho de administração definitivo. A decisão foi anunciada dias depois de se saber que os 29 funcionários da Fundação Côa Parque não receberam o salário correspondente ao mês de setembro, uma situação que acontece pela terceira vez este ano. A Fundação Côa Parque foi criada em 2011 para gerir o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, com o objetivo de proteger, conservar, investigar e divulgar a arte rupestre, classificada Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1998. Os membros fundadores da Côa Parque são a Direção-Geral do Património Cultural, os ministérios da Economia e do Ambiente, a Câmara de Vila Nova de Foz Côa e a Associação de Municípios do Vale do Côa. A Agência Portuguesa do Ambiente, dependente do Ministério do Ambiente, mantém uma dívida de mais 100 mil euros para com a Fundação Côa Parque, enquanto outro fundador, a Câmara de Vila Nova de Foz Côa, deve 17.000 euros, entre outros.


Conteúdo Recomendado