A manifestação ‘Capeia Arraiana’, inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial em 2011, mantém actualmente os critérios constantes no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 149/2015, de 4 de Agosto, destacando a sua relevância na matriz identitária de um conjunto de localidades do Município de Sabugal, bem como a importância histórica desta prática nos territórios em que se insere e sua influência social e cultural e ainda as dinâmicas de reprodução e transmissão desenvolvidas na comunidade e entre os grupos e intervenientes relacionados.
A autarquia do Sabugal dá conta que quando foi feito o registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, em 2011, “foram consideradas 11 localidades onde se realizava a Capeia (Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Lageosa, Nave, Ozendo, Rebolosa e Soito) porque eram apenas estas as localidades que tinham a prática activa, requisito obrigatório à inventariação”. Adianta que “entretanto, em 2012, Vale de Espinho retomou a realização da Capeia, e Quadrazais em 2013, mantendo ambas as localidades a prática activa até hoje”. E acrescenta: “Motivo pelo qual, no processo de revisão foram incluídas estas duas localidades, passando atualmente a 13 as localidades com a prática activa da Capeia Arraiana”.
A Capeia, que foi a primeira inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, e que se constituiu como um marco na preservação, valorização e salvaguarda do Património Cultural Imaterial. Desta forma mantém, por mais dez anos, a protecção legal que lhe é conferida pelo registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
A Capeia Arraiana é uma manifestação tauromáquica específica de algumas povoações do concelho do Sabugal próximas da fronteira com Espanha. É única e diferente de outras manifestações tauromáquicas porque a lide do touro bravo é feita coletivamente e com o recurso do forcão.