“Nós dissemos que havíamos de reduzir as portagens e reduzimos. Os cidadãos e as empresas que utilizam as portagens que foram reduzidas já pouparam 42 milhões de euros com a redução que foi operada pela decisão política deste Governo”, afirmou Pedro Marques, em audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
“Com certeza que a expectativa no território pode ser superior”, referiu o ministro, reafirmando que se fazem avaliações de políticas públicas para poder avançar com mais medidas de criação de emprego no Interior do país.
No passado dia 18 de janeiro, o ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, afirmou que o Governo está a avaliar uma redução das portagens para o interior do país no sentido de “contribuir para a competitividade da atividade económica” nessas regiões.
Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministro, Pedro Siza Vieira foi confrontado pelos jornalistas com a manchete do Jornal de Notícias, que dá conta que o aumento das portagens em 2018 castiga mais o interior do país, e questionado se o Governo prevê uma redução de portagens para estas regiões.
“Confirmo que, de facto, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas está a fazer essa avaliação, sempre no sentido de contribuir para a competitividade da atividade económica no interior, na medida em que o objetivo do Governo é incentivar o investimento, como forma de criação de emprego e retenção e atração de populações. Essa é uma ferramenta que o Ministério do Planeamento e Infraestruturas está a ponderar”, adiantou o ministro Adjunto.
Siza Vieira começou por clarificar que “aquilo que se verificou recentemente foi uma atualização das tarifas de portagens que constam dos contratos de concessão de acordo com a inflação”, o que, na opinião do governante, “significa que em termos reais não houve nenhum aumento de portagens”.
“Em paralelo, o ministério do Planeamento das Infraestruturas encontra-se a avaliar a situação das portagens no interior, no sentido em que já quando se efetuou, no início do mandato deste Governo, uma redução de portagens para os transportes de mercadorias, se assumiu o compromisso de fazer a avaliação dessa matéria”, destacou.
A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) aprovou, por unanimidade, um voto de indignação pelo aumento de portagens nas antigas scut (sem custos para o utilizador) A23 e A25, de acordo com informações avançadas à agência Lusa pelo presidente desta entidade, Paulo Fernandes.