Edifício principal está concluído e instalação do projeto, num investimento global de seis milhões de euros, deve durar um ano.
O Ubimedical, um espaço inovador na área da investigação médica, prestação de cuidados à comunidade e incubação de empresas, vai ser inaugurado «simbolicamente» pela Universidade da Beira Interior na terça-feira, no âmbito das comemorações do 27º aniversário da instituição. O projeto está a ser edificado nas proximidades da Faculdade de Ciências da Saúde e representa um investimento global de seis milhões de euros. Numa visita às instalações na última segunda-feira, o reitor da UBI afirmou que o Ubimedical é «muito emblemático porque opera a interface entre o que a universidade faz e o que as empresas precisam». João Queiroz esclareceu que «vamos ter um ano para instalação, em termos da fixação das pessoas, dos equipamentos e de iniciar os projetos que cada um tem em mente». Essa fase já arrancou e vai começar a desenvolver-se durante este ano com «maior impacto», prevendo-se que «daqui a um ano» a mudança para as novas instalações se opere para «continuar a trabalhar em força». O responsável acredita que, no futuro, o Ubimedical vai permitir criar uma «dinâmica suficientemente forte para termos várias empresas e vários prémios». Outra meta é que que empresas que «agora vão começar como pequenas se transformem em grandes» e que, daqui «a quatro, cinco anos», possa haver outras a «fixarem-se aqui à volta e a criar mais postos de trabalho», tendo «impacto regional, nacional e internacional». Trata-se de uma infraestrutura com cerca de três mil metros quadrados, repartidos por duas grandes áreas: de investigação científica e desenvolvimento tecnológico e outra de incubação de projetos empresariais com transferência de tecnologia, onde a UBI vai «incentivar a fixação de recursos humanos qualificados» que se formem na instituição. O reitor sublinhou que o Ubimedical vai servir para «atrair e fixar», já que «por um lado vamos conseguir trazer investigadores e algumas pessoas com ideias de negócios para um projeto integrador, mas vamos também tentar fixar alguns dos nossos graduados que, em vez de irem agarrar oportunidades para o litoral ou Lisboa, poderão aqui criar o seu próprio negócio». João Queiroz salientou que a UBI quer transformar o Ubimedical «numa associação privada sem fins lucrativos», para a qual vai convidar «muitos parceiros», entre câmaras municipais, Parkurbis, unidades de saúde e empresas, sendo que o objetivo é que «seja um projeto o mais alargado possível, de e para a região». A proposta de aprovação dos estatutos dessa associação, que terá sócios e órgãos sociais, será submetida «em tempo oportuno» ao Conselho Geral da UBI, sendo que será salvaguardada «a capacidade de decisão da própria universidade». A criação do Ubimedical surgiu há quatro anos e o projeto beneficiou de fundos comunitários no âmbito do programa Mais Centro.