A taxa de juro implícita das obrigações nacionais a 10 anos está muito perto de superar os valores registados na crise política de julho.
Hoje, no dia em que a ‘troika’ chega a Lisboa para a oitava e nova avaliações, a ‘yield’ nacional a 10 anos apresenta uma subida ligeira até aos 7,427% em mercado secundário, muito perto dos 7,508% verificados em julho na reação às demissões inesperadas de Vítor Gaspar e de Paulo Portas, que se manteria no Governo como vice primeiro-ministro e com a responsabilidade de coordenar a relação com os credores internacionais. O programa de ajustamento português prevê que Portugal regresse aos mercados no Verão em 2014, ano em que o país se comprometeu a baixar o défice para 4% do PIB. Nas últimas 15 sessões, a percepção de risco sobre a dívida portuguesa a 10 anos agravou-se por 13 vezes, o que aumentou a distância para as obrigações irlandesas na mesma maturidade. O diferencial entre os juros dos dois países nos títulos a 10 anos está agora em 341 pontos base, um máximo de 12 de julho. O agravamento do risco associado a Portugal levou o IGCP a ajustar em baixa o montante indicativo do leilão agendado para quarta-feira, através do qual se obterá, no máximo, 1.250 milhões de euros em bilhetes a três e a 18 meses.