A Câmara Municipal da Covilhã promove, até ao dia 23 de abril, uma feira de troca de livros em vários pontos da cidade.
No mês em que se comemora o Dia Internacional do Livro Infantil, o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, a Câmara Municipal da Covilhã promove, até ao dia 23 de abril, uma feira de troca de livros em vários pontos da cidade. Esta feira permite a qualquer pessoa entregar os seus livros, desde que não sejam manuais escolares e estejam em bom estado de conservação, e escolher outros de entre os livros disponíveis. As obras para troca são livros da biblioteca que já tinham sido guardados propositadamente para este tipo de iniciativas. Os livros podem ser trocados no Arquivo Municipal, na Biblioteca Municipal, na Casa dos Magistrados, no Espaço das Idades, no Museu de Arte e Cultura, Museu de Arte Sacra, na Piscina Municipal, no Teatro Municipal, na Galeria de Exposições Tinturaria e na Loja Ponto Já. Caso não haja nenhum livro que interesse num determinado ponto, a pessoa recebe um vale para que possa trocar noutra instituição. «As pessoas guardam os livros em casa, muitas vezes já não os querem, e não sabem o que hão-de fazer com eles» e esta é uma boa oportunidade de «renovarem as suas bibliotecas particulares sem mexer na carteira», disse a responsável pela biblioteca. A iniciativa é destinada a todas as faixas etárias, mas nesta instituição os que mais têm aderido são «jovens e mulheres em idade adulta». A bibliotecária disse ainda que com a crise as pessoas são obrigadas a «repensar as suas prioridades» na altura de gastar dinheiro e esta «é uma boa possibilidade» de adquirir outros livros. António Rebordão, responsável pelo Espaço das Idades, afirmou que a troca de livros na faixa etária dos utentes desta instituição é «um pouco mais complicada» pois as pessoas com mais idade apenas leem «aquilo que lhes diz respeito». O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria referiu que é importante incutir o gosto pela leitura e alertar estas pessoas para a importância de «ler e aprender, pois nunca é tarde para desenvolver novas capacidades». A instituição é principalmente frequentada por pessoas a partir dos 60 anos e segundo o autarca os utentes acabam por não aderir muito visto que «têm em casa livros antigos que são relíquias autênticas, que eles não trocam por nada deste mundo, a não ser que haja um livro repetido, ou que seja um livro mais recente, que eles já leram e a que agora já não dão o mesmo valor», mas «tirar de casa aquilo que foram adquirindo ao longo de uma vida é mais difícil». A iniciativa decorre até ao dia 23 deste mês e pretende promover o gosto pela leitura.