No período indicado, a easyJet registou 1 650 mil passageiros nas rotas de e para Portugal, ”com uma oferta similar à do ano passado”.
O responsável mostrou-se satisfeito com os resultados que “estão em linha com aquilo que esperávamos depois de termos tomado a decisão de não aumentar capacidade, devido ao aumento de custos que se verificou no país. Tendo também em consideração que o PIB do ano passado fechou negativo e estamos finalmente a começar a ver aqui uma retoma. Os resultados mostram que saímos beneficiados de alguma forma por parte da crise que tem existido em Portugal, que fez com que mais passageiros olhassem para nós como uma companhia atrativa e tenham começado a experimentar voar connosco”.
De acordo com as sondagens da easyJet, 95% dos passageiros que experimentam a companhia aérea pela primeira vez tendem a repetir a experiência, mostrando assim um “elevada taxa de fidelização”. Em Portugal, José Lopes afirma que, em termos de ‘brand awareness’ “temos mais força, estamos perto dos 100% o que é bastante bom”.
Quanto ao segmento ‘business’, onde a easyJet registou 12 milhões de passageiros em toda a Europa, José Lopes indica que no mercado português houve um crescimento de 20% neste segmento de mercado, resultante de acordos com empresas e com agências de viagens especializadas neste setor. Este crescimento resulta, segundo o responsável “de todas as alterações que temos feito em termos de melhoria do produto, para torna-lo mais atraente para este segmento. Há mais margem para crescer, mas o nosso enfoque não é tanto crescer em percentagem mas sim na atenção à qualidade de produto que oferecemos ao passageiro e também conseguir trazer um passageiro que também nos traga uma maior margem.”
Quanto ao segundo semestre, a easyjet perspetiva crescer entre 1 a 2% de crescimento no mercado português, fechando o ano com um crescimento na ordem dos 3%. José Lopes destaca que este não será um crescimento mais elevado, porque o crescimento da oferta da companhia é “praticamente nulo”, devido “à situação económica que o aumento das taxas em Portugal nos coloca”.
Ligação Lisboa-Ponta Delgada em ‘stand by’
Quanto a novas oportunidades no mercado, José Lopes indicou que “continuamos sempre a manter debaixo de olho algumas oportunidades que possam surgir”.
No que refere à ambicionada rota Lisboa-Ponta Delgada, o responsável refere que “continuamos à espera que seja tomada uma decisão relativamente à rota Lisboa-Ponta Delgada, onde já, reiteradamente, mostrámos interesse. Todas estas nossas perspectivas de crescimento não têm em conta essa oportunidade que, obviamente se surgir, ou outras, nós iremos logicamente reagir e ajustar em conformidade. ”
O responsável espera, após a finalização da análise do grupo de trabalho criado para o efeito e das conversações que estão a existir entre o Governo Regional e o INAC, “ter boas notícias no sentido de haver uma liberalização do mercado”.
