Em declarações à Lusa, a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse que a subida das temperaturas será “muito significativa”, acima da média para a época do ano, e deverá manter-se pelo menos até dia 27 de junho.
“Hoje estão previstos períodos de chuva ou aguaceiros que podem localmente ser intensos e acompanhados de trovoadas nas regiões do norte e centro e de granizo durante a tarde apenas no interior norte e centro. No sul será fraca e pouco frequente. Amanhã [terça-feira] há possibilidade de ocorreram ainda alguns aguaceiros nas regiões do norte e centro, mais prováveis a litoral a norte do cabo Mondego”, disse.
De acordo com Maria João Frada, na quarta-feira, dia em que se inicia o verão, ainda estão previstos aguaceiros durante a noite nas regiões do Norte e Centro, mas deverá melhorar em termos de nebulosidade a partir do final da manhã.
“Depois vamos ter uma situação de tempo quente. Vamos passar de temperaturas amenas para calor, para temperaturas mais elevadas. As zonas mais quentes serão o Vale do Tejo e o interior do Alentejo e Algarve. No restante território deverão situar-se acima dos 30 graus”, indicou.
Segundo Maria João Frada, no fim de semana, as temperaturas poderão chegar aos 38 e 40 a 42 graus Celsius em alguns locais a sul do Tejo.
“No restante território as temperaturas máximas deverão situar-se entre os 30 e os 35 graus, com exceção da faixa costeira que ainda é incerto. Grande parte das estações do IPMA a sul do Tejo irá estar a contribuir para onda de calor. O IPMA deverá emitir avisos de tempo quente”, indicou.
A meteorologista do IPMA adiantou que as temperaturas mínimas também vão subir a partir de quinta-feira e manter-se pelo menos até dia 27, com valores elevados para esta época do ano.
“Vamos ter também uma subida significativa das mínimas. Vamos ter noites tropicais, ou seja temperaturas iguais ou superiores a 20 graus, nomeadamente a sul do Tejo”, disse.
Maria João Frada destacou ainda que, na sequência do tempo quente, o perigo de incêndio rural vai agravar-se para muito elevado e máximo em todo o território.