De acordo com o relatório anual sobre Educação elaborado pelo executivo comunitário, o abandono escolar precoce em Portugal baixou 30,9% em 2009 para 17,4% em 2014, o quarto valor mais alto entre os 28 Estados-membros (apenas superado por Espanha, Malta e Roménia), acima da média comunitária de 11,1% e “ainda muito longe” da meta de 10% estabelecida ao nível europeu para 2020, aponta o documento.
Dando conta de diversas iniciativas lançadas pelas autoridades para combater o abandono escolar, o relatório defende que “Portugal deve agora assegurar que os diversos programas” postos em prática “são complementares entre sim e estão a trabalhar de forma efetiva para o mesmo objetivo”.
Relativamente ao ensino superior, o relatório adverte que a taxa “relativamente baixa” de recém-licenciados que encontram emprego (73,6%, comparada com a média europeia de 80,5%) pode tornar as universidades menos atrativas para os jovens em Portugal, que “parecem cada vez menos inclinados a acreditar no valor de estudos académicos”.
O relatório aponta que apesar do aumento do número de jovens que termina o ensino secundário, o ingresso no ensino superior tem conhecido oscilações nos últimos três anos.
Em termos gerais, o “Monitor da Educação e da Formação 2015” aponta progressos no que respeita aos níveis de habilitações na Europa, mas considera ser necessário mais investimento para tornar a educação mais inclusiva e fomentar a mobilidade social.