“A Quercus considera que é fundamental criar leis e sanções eficazes, a nível nacional e internacional, bem como incentivos económicos e meios de subsistência alternativos para que desta forma se consiga combater o tráfico”, refere, em comunicado, a agência ambientalista portuguesa.
No comunicado, emitido por ocasião do Dia Mundial da Vida Selvagem, que se assinala na sexta-feira, a Quercus recorda que em “40 anos o mundo perdeu mais de metade da vida selvagem devido à destruição dos espaços naturais, ao tráfico ilícito e à caça”.
“As pessoas são a causa desta grave ameaça à vida selvagem e devem ser ela a solução”, sublinha.
A ONU vai celebrar o Dia Mundial da Vida Selvagem sob o tema “Ouça as vozes jovens”, lembrando que quase um quarto da população mundial tem entre 10 e 24 anos.
“É necessário dedicar esforços no encorajamento dos jovens, como futuros líderes e decisores mundiais, a atuar a nível local e global na proteção dos animais selvagens ameaçados”, refere a organização ambientalista.
Segundo a ONU, o tráfico de animais e a caça valem 231 mil milhões de dólares (cerca de 219 mil milhões de euros) por ano.
“Os casos mais conhecidos desta atividade são os de elefantes, rinocerontes e tigres, valiosos pelo marfim, chifres e pele”, explica a Quercus.
Em 2016, foram identificadas 24.000 espécies ameaçadas de extinção em todo o mundo. Em Portugal, as espécies em vias de extinção são o lobo-ibérico, o lince-ibérico, a foca-monge, a águia-imperial e o saramugo.