A GNR mantém, na manhã de hoje, um forte dispositivo na zona de Vila Real empenhado nas buscas pelo suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, avistado ao final da tarde de domingo numa aldeia junto à cidade.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que o dispositivo está montado no terreno, com muitos militares também concentrados em alguns pontos, onde estão a parar algumas viaturas, pedindo aos condutores para abrirem as malas.
O suspeito foi avistado no domingo por uma patrulha da Guarda na zona industrial de Vila Real e na aldeia de Constantim, horas e cerca de 100 quilómetros depois de alegadamente ter roubado um carro em Arouca.
Populares contaram que o presumível homicida terá passado por uma rua central de Constantim, onde teve de parar atrás de um carro que fazia manobras de estacionamento.
O condutor desviou-se para deixar passar o carro branco alegadamente roubado em Arouca e, numa segunda tentativa de estacionamento, o condutor de Constantim acabou por impedir também a passagem dos militares da GNR.
De imediato a GNR montou uma operação de busca pelo homem, com dezenas de militares, ainda agentes da PSP e elementos da PJ, no terreno.
Logo depois, alguns populares ligaram para as autoridades a dar conta de avistamentos do alegado homicida, nomeadamente nas aldeias de Carro Queimado ou São Cibrão.
Horas antes, a GNR afirmara que um homem, que tudo indica ser o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, tinha sequestrado um casal de idosos numa residência em Moldes, Arouca (distrito de Aveiro) e roubara a viatura de um deles, pondo-se em fuga.
A GNR está focada na zona de Vila Real, mas continua a exercer ações também nos distritos limítrofes, tanto a norte como a sul.
Durante a noite, o porta-voz da GNR, major Marco Cruz, disse à agência Lusa que a “prioridade continua a ser a segurança das populações mais isoladas, principalmente nos distritos de Viseu, Aveiro e Guarda”.
“Estamos a falar de um suspeito que já mostrou que é perigoso. A prioridade continua a ser a segurança das pessoas, que é preciso acautelar”, frisou.
O porta-voz da GNR acrescentou que os comandos territoriais “têm trabalhado muito no sentido de procurar o principal suspeito”, continuando a “investigação criminal e a recolha de indícios”.
Continua assim, segundo a mesma fonte, a “estratégia seguida nos últimos dias”, sendo que a GNR “se mantém alerta desde o dia dos acontecimentos”.
Foi há uma semana que um militar e um civil foram assassinados a tiro em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade.
Já durante a tarde, na zona de Candal, um outro militar da GNR foi também ferido com uma arma de fogo.
O presumível homicida encontra-se, desde então, em fuga, apesar das operações policiais em curso para o capturar.