Covid-19: Especialistas e políticos reúnem-se hoje pela 7.ª vez para analisar epidemia

Na qual serão apresentados e analisados os dados relativos às primeiras duas fases de desconfinamento, um dia antes do Conselho de Ministros se reunir para decidir sobre a terceira fase de reabertura, prevista para dia 01 de junho.

Especialistas, políticos e parceiros sociais reúnem-se hoje, pela sétima vez, no Infarmed, para analisar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, na véspera de o Conselho de Ministros decidir em relação à terceira fase de desconfinamento.

A sessão de apresentação sobre a “situação epidemiológica da covid-19 em Portugal” é uma iniciativa do primeiro-ministro, António Costa, a que se junta o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, bem como líderes dos partidos políticos com assento parlamentar, confederações patronais e estruturas sindicais e ainda os conselheiros de Estado – estes últimos por videoconferência – para ouvir os especialistas.

Esta é a sétima reunião deste género, na qual serão apresentados e analisados os dados relativos às primeiras duas fases de desconfinamento, um dia antes do Conselho de Ministros se reunir para decidir sobre a terceira fase de reabertura, prevista para dia 01 de junho.

No final da sexta reunião, em 14 de maio, o Presidente da República afirmou que Portugal tem registado um “desconfinamento muito contido”, que não permite ainda “conclusões firmes” sobre a reabertura gradual de atividades e estabelecimentos encerrados devido à covid-19.

“O desconfinamento em Portugal, começado a partir do dia 03 de maio, foi um desconfinamento muito contido. Os portugueses foram sensíveis àquilo que lhes foi pedido de fazerem a abertura por pequenos passos, portanto, a grande maioria continuou a ser muito contida. O que quer dizer que não temos muitos dados que permitam retirar conclusões firmes”, declarou então Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

O chefe de Estado considerou então fundamental que continue a sintonia “entre quem tem de decidir e os portugueses”, cujo comportamento vai determinar o equilíbrio entre a abertura e o controlo da pandemia.

No dia seguinte, no final do Conselho de Ministros durante o qual foram aprovadas as medidas de reabertura da segunda fase de desconfinamento (que se iniciou no dia 18), o primeiro-ministro afirmou que os resultados das primeiras medidas de desconfinamento, tomadas 15 dias antes, foram positivos no combate à propagação da covid-19, não havendo razão para adiar um novo passo na reabertura de atividades.

Segundo o primeiro-ministro, perante os dados conhecidos até então sobre a evolução da pandemia em Portugal, o Governo concluiu que as primeiras medidas de desconfinamento que entraram em vigor no início de maio não alteraram “a tendência de controlo” da propagação do novo coronavírus.

De acordo com informação da agenda da Presidência da República, as apresentações técnicas da sessão de hoje serão efetuadas por epidemiologistas da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).

No final da reunião, as declarações aos jornalistas estão habitualmente a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa, seguindo-se os representantes dos partidos.


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