A Síntese Económica de Conjuntura de abril do Instituto Nacional de Estatística (INE) refere que em Portugal, em termos homólogos, a informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo, disponível até março “aponta para uma melhoria da atividade económica nos serviços, na indústria e na construção e obras públicas”.
O índice de volume de negócios nos serviços apresentou diminuições homólogas de 4,1%, 3,3% e 1,6% entre janeiro e março, respetivamente, “interrompendo o movimento de taxas progressivamente mais negativas observado desde março de 2014”, adianta o INE.
Não considerando médias móveis de três meses, este índice registou um crescimento homólogo de 1,7% no último mês, atingindo a taxa mais elevada desde julho de 2008.
O indicador de confiança dos serviços “recuperou expressivamente em abril, invertendo o perfil decrescente iniciado em setembro”, enquanto o indicador de confiança do comércio “agravou-se de forma ténue em abril”, após ter atingindo no mês anterior o máximo desde março de 2002.
O índice de volume de negócios na indústria passou de uma variação homóloga de -1,0% em fevereiro para -0,3% em março, sendo que, sem a utilização de médias móveis de três meses, este índice apresentou crescimentos homólogos de 0,2% e 2,9% nos últimos dois meses, respetivamente.
O índice de produção na indústria passou de uma variação homóloga de -1,4% em fevereiro para 0,1%, “suspendendo o perfil negativo iniciado em março de 2014”, frisa o INE.
“O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou significativamente em abril, mantendo o movimento ascendente observado desde março de 2012 e fixando o valor mais elevado desde abril de 2008”, acrescenta.
O índice de produção da construção registou uma variação homóloga de -0,9% em março (-2,6% no mês precedente), apresentando taxas progressivamente menos negativas desde abril de 2013 e fixando o máximo desde maio de 2002. Sem a utilização de médias móveis de três meses, o índice de produção da construção aumentou 1,7% em termos homólogos em março.
No conjunto da zona euro e da União Europeia, o indicador de confiança dos consumidores recuperou em abril, “fixando os valores mais elevados desde setembro e agosto de 2007 na sequência dos movimentos ascendentes iniciados em janeiro de 2013”.
Já o indicador de sentimento económico, também disponível até abril, aumentou nos últimos cinco meses na zona euro e na UE, “invertendo os movimentos negativos anteriores”.