CDS-PP da Guarda preocupado por Governo não abrir vagas para especialidades carenciadas

Das 57 vagas abertas em toda a região centro, apenas seis são para o Hospital Sousa Martins que integra a ULS da Guarda.

A Comissão Política Distrital do CDS-PP da Guarda mostrou-se preocupada por, no mais recente concurso médico para a carreira hospitalar, o Ministério da Saúde “não abrir vagas para as especialidades carenciadas” do hospital local.

“No caso da região da Guarda, são do conhecimento público as carências ao nível, entre outras, de especialidades como Cardiologia, Ortopedia, Radiologia, Gastrenterologia, Otorrinolaringologia, Urologia e Oftalmologia, para além das insuficiências do quadro de pessoal de enfermagem”, refere o CDS-PP em comunicado.

Segundo a estrutura partidária liderada por Henrique Monteiro, “chegado o momento de poder suprir as necessidades, eis que a ministra da Saúde ainda coloca um sinal menos na Unidade Local de Saúde (ULS) Guarda, ao não abrir vagas para as especialidades carenciadas, no mais recente concurso médico para a carreira hospitalar”.

Das 57 vagas abertas em toda a região centro, apenas seis são para o Hospital Sousa Martins que integra a ULS/Guarda, indica o comunicado.

“Estas vagas não são suficientes para cobrir as necessidades em Cardiologia, Ortopedia e Cirurgia e deixam de fora outras especialidades deficitárias, como é o caso de Oftalmologia, Gastroenterologia e Radiologia, para além de impedir que os médicos que terminaram aqui a sua especialidade em Medicina Interna e Psiquiatria continuem no Hospital Sousa Martins, como era sua vontade”, lê-se na nota intitulada “Guarda com pouca Saúde”.

Face ao “manifesto desinteresse” do Governo pelas pessoas que vivem no distrito, a Comissão Política Distrital do CDS-PP da Guarda “teme que não haja futuro para o Hospital Sousa Martins e que esteja em curso o seu esvaziamento em nome de interesses que não são os legítimos interesses dos utentes”.

“Como se não bastassem já essas todas essas carências, o Governo tem vindo a acrescentar ainda uma suborçamentação crónica à ULS da Guarda, ano após ano”, alerta.

O partido questiona se a nova ministra da Saúde, Marta Temido, “é desconhecedora das carências do Hospital Sousa Martins ou estará também ela já cativa do ministro das Finanças Mário Centeno?”.

“É urgente que a senhora ministra Marta Temido se desloque à Guarda para se inteirar da realidade e das dificuldades que aqui se vivem e para garantir os recursos humanos e materiais de que o Hospital da Guarda necessita”, defende o CDS-PP.

Segundo o comunicado, o partido, através do seu grupo parlamentar na Assembleia da República, irá questionar o Ministério da Saúde sobre “mais esta afronta ao distrito da Guarda”.


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