O presidente da Câmara da Guarda disse ontem, na Assembleia Municipal, que o executivo vai continuar a trabalhar com o orçamento de 2023, levando o PS a manifestar-se indisponível para voltar a aprovar alterações.
“Vamos continuar a trabalhar com o orçamento de 2023 de forma modificada. É assim que vamos continuar a trabalhar”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, durante a discussão da primeira revisão ao Orçamento de 2023.
O autarca eleito pelo movimento Pela Guarda afastou assim a possibilidade de apresentar um novo orçamento para 2024, depois da oposição ter chumbado a primeira proposta.
Perante a posição do autarca, a bancada do PS deixou o aviso de que poderá não voltar a aprovar qualquer modificação ao orçamento de 2023, como fez no início de fevereiro.
“Dizer claramente ao senhor presidente que se não quer apresentar um orçamento para 2024, então o PS também não quererá novamente aprovar nenhuma alteração ao orçamento de 2023”, contrapôs o líder da bancada socialista Miguel Borges.
Na resposta, o presidente da Câmara disse que vai aguardar para ver se o PS recua na posição “quando estiverem em causa projetos para o desenvolvimento da Guarda”.
Na discussão, o deputado do PSD, Ricardo Neves de Sousa, que tinha questionado o autarca sobre a apresentação de um orçamento para este ano, observou que o presidente da Câmara, “pelos vistos, está extremamente confortável” com a inexistência de um orçamento para 2024.
A Assembleia Municipal aprovou a primeira revisão ao orçamento de 2023 com 72 votos a favor e uma abstenção.
O documento tinha sido aprovado por unanimidade no executivo municipal a 09 de fevereiro. O presidente da Câmara da Guarda defendeu, na ocasião, que a oposição fez “ato de contrição” por aprovar uma revisão que permite avançar com projetos condicionados por falta de orçamento para 2024. O PS reagiu dias depois em conferência de imprensa criticando a postura do autarca.
O líder da bancada do PS na Assembleia Municipal reiterou ontem à tarde que o partido “votou a favor, mas não reconhece erro nenhum. Não errámos quando chumbámos o orçamento de 2024”, sustentou Miguel Borges.
