A Câmara Municipal da Guarda decidiu ontem alienar mais 11 lotes na Plataforma Logística a seis empresas, para um investimento total de cinco milhões de euros e a criação de 64 postos de trabalho.
De acordo com o presidente da Câmara, Sérgio Costa, do movimento Pela Guarda, as empresas vão investir nas áreas da logística, manutenção e transformação. As áreas foram alienadas em hasta pública da 3.ª fase de expansão da Plataforma Logística, situada na localidade da Gata, nas proximidades da cidade.
Na sessão, o vereador do PS, António Monteirinho sugeriu que fosse criada uma equipa multidisciplinar com técnicos da autarquia para gerir os processos de regeneração urbana e da habitação.
A proposta surge três semanas depois dos vereadores do PSD e do PS terem chumbado a constituição do conselho de administração da empresa municipal Guarda Viva – Renovação Urbana e Gestão do Património Edificado.
António Monteirinho argumentou que a equipa criada no seio da autarquia seria uma solução para dar uma resposta mais rápida e representaria uma poupança significativa.
A proposta chumbada para a administração da empresa Guarda Viva apontava Manuel Pina Prata, gestor financeiro, atual dirigente do Núcleo Desportivo e Social (NDS) da Guarda, para o cargo de presidente; António Marques Saraiva, arquiteto, ex-gestor urbano da Agência para a Promoção da Guarda, ex-diretor executivo do PolisGuarda, para 1.° vogal, e Teresa Maria Forte Marques, atual diretora de fábrica do novo projeto de cabos e sensor da Coficab Portugal (Companhia de Fios e Cabos para a Indústria Automóvel) para 2.° vogal.
O PS justificou o chumbo por considerar que a autarquia possuía capacidade instalada suficiente para realizar o trabalho proposto.
Para o presidente da Câmara, a sugestão apresentada por António Monteirinho é um “ato de contrição” do PS por ter percebido que devia ter aprovado a empresa.
“É para tapar o sol com a peneira. Não preciso que me ensinem a governar a Câmara da Guarda. A nossa estratégia era que a empresa começasse a funcionar na área da habitação”, apontou Sérgio Costa.
O autarca afastou a possibilidade de acolher a sugestão do PS assegurando que o executivo irá “continuar a trabalhar da forma que considerar mais conveniente”.
O vereador do PSD, Vítor Amaral, manifestou-se, por outro lado, satisfeito por ter recebido a informação da vice-presidente, Amélia Fernandes, que o Teatro Municipal da Guarda estava abrangido pela medida Redes Culturais e Transição Digital que irá permitir adquirir um equipamento de projeção digital a fundo perdido. O autarca já tinha questionado o executivo lembrando que seria uma oportunidade para aproveitar.
Na reunião desta segunda-feira foi aprovado por unanimidade um voto de pesar pelo falecimento da antiga vereadora Ana Cristina Correia, entre 2019 e 2021, que morreu no passado dia 20, com 63 anos, tendo também sido observado um minuto de silêncio.