Em declarações à Lusa, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonnet, indicou que até às 02:00 foram recolhidas 1.602 toneladas de alimentos, um decréscimo de 243 toneladas face a igual período do ano passado.
“[O decréscimo] é explicado sobretudo pelo fim de semana de ponte, que levou muitas pessoas para longe dos seus locais habituais de residência e alterou assim o seu perfil habitual de consumo”, disse.
Ainda assim, Isabel Jonnet considerou o número de alimentos recolhido excecional.
“As minhas palavras são de agradecimento a todos quantos participaram. Nunca nos cansamos de sublinhar, com grande reconhecimento, a generosidade reiterada dos portugueses, tanto os que doam alimentos, como os voluntários que ajudam na organização”, afirmou.
A primeira campanha anual do Banco Alimentar contra a Fome decorreu este fim de semana em mais de 2.000 lojas no país, com o apoio de 42 mil voluntários.
Os alimentos vão ser distribuídos, a partir da próxima semana, por mais de 2.600 instituições de solidariedade social, que vão fazê-los chegar a 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.
Quem não teve oportunidade de contribuir no fim de semana pode ainda fazê-lo até 10 de junho através da campanha “Ajuda Vale” com vales de produtos disponíveis nas caixas dos supermercados, bem como no portal de doação online.
A nível europeu, existem 256 Bancos Alimentares operacionais em 24 países, norteados por idêntica missão, que, em 2017, distribuíram 756 mil toneladas de produtos a 8,1 milhões de pessoas, através de 44.700 associações.