A satisfação dos residentes na região Centro aumentou este ano, estando 77% deles globalmente satisfeitos com a sua vida, concluiu um inquérito promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), revelado esta sexta-feira.
Segundo a CCDRC, “o inquérito mostra que 7,5% dos residentes estão ‘muito satisfeitos’, 70% ‘satisfeitos’, 13% ‘não muito satisfeitos’ e 10% ‘nada satisfeitos’”.
Face aos anos anteriores, destaca-se o acréscimo significativo da percentagem de inquiridos que se consideram ‘satisfeitos’ e, simultaneamente, o decréscimo dos ‘nada satisfeitos’ e dos ‘não muito satisfeitos’”, explica.
A CCDRC sublinha que “estes são os melhores resultados das quatro edições deste inquérito efetuado para a região Centro, com 77% dos residentes globalmente satisfeitos, contra 69% em 2015, 58% em 2014 e 61% em 2013”.
“Este valor supera a média obtida pelo Eurobarómetro (inquérito realizado à escala europeia) para Portugal (67%), aproximando-se da avaliação média dos cidadãos europeus (82%)”, acrescenta.
De acordo com os resultados do inquérito, “em todas as comunidades intermunicipais do Centro a maioria dos inquiridos encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos”, enquanto “os resultados das diferentes sub-regiões variam entre os 62% (Beiras e Serra da Estrela) e os 87% (Médio Tejo) de residentes globalmente satisfeitos”.
O Médio Tejo foi a comunidade intermunicipal com maior crescimento da percentagem de residentes globalmente satisfeitos (87% em 2017 contra 72% em 2015), passando a ser a sub-região com o grau de satisfação dos residentes mais elevado”, refere.
Em termos médios, o inquérito mostrou que “as mulheres encontram-se menos satisfeitas do que os homens” e que “os cidadãos mais jovens estão globalmente mais satisfeitos do que os mais velhos, notando-se uma alteração no padrão de satisfação a partir dos 45 anos”.
“Os residentes ativos estão mais satisfeitos do que os inativos. No entanto, de entre todas as categorias de ativos e inativos, os estudantes são os mais satisfeitos e os desempregados e os reformados os mais insatisfeitos“, refere a CCDRC, acrescentando que este é um “padrão que também se tem verificado nas vagas anteriores”.
No que respeita aos níveis de qualificação dos inquiridos, “o grau de satisfação aumenta com as habilitações escolares dos inquiridos, sendo os residentes com mestrado/doutoramento os mais satisfeitos e os residentes analfabetos e os que sabem ler e escrever sem qualquer nível de escolaridade os mais insatisfeitos, o que evidencia bem a importância da escolaridade”, acrescenta.
A CCDRC explica ainda que “dois dos principais motivos causadores de satisfação ou insatisfação têm mantido alguma estabilidade ao longo das várias vagas deste inquérito anual e prendem-se com as situações de emprego e saúde”, sendo também ainda referidos “aspetos relacionados com o local de residência, ambiente familiar, qualidade de vida, rendimentos auferidos ou a situação do país”.
Em termos de motivos de insatisfação, os problemas de saúde (29,6%), a remuneração e reformas baixas (27%) e as dificuldades financeiras (27%) são as três principais razões apontadas pelos inquiridos. A solidão (6,6%) e a pandemia Covid-19 (4,6%) aparecem, pela primeira vez, como motivo de insatisfação. O desemprego (2,6%) e as políticas governamentais (2,6%) são outros dos motivos apontados.