Setor tecnológico vai contratar mais 30% nos próximos 3 anos

Estudo é da Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica, que conclui que o aumento médio de contratações será de 10% ao ano.

Um estudo da Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica concluiu que as contratações no setor vão aumentar 30% nos próximos três anos, sobretudo nas pequenas empresas, propondo um plano de reconversão de desempregados.

Estas são algumas das conclusões antecipadas à Lusa de um estudo sobre as necessidades de recursos humanos no setor tecnológico que é apresentado esta quarta-feira no Porto pela Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica.

De acordo com este estudo, as contratações neste setor vão aumentar 30% nos próximos três anos, uma média de 10% ao ano, e caberá às pequenas empresas a liderança em termos de aumento de empregabilidade na área tecnológica.

A profissão de programador é aquela que lidera a lista das seis que serão mais procuradas, composta ainda pelas de consultor de Sistemas de Informação/Tecnologias de Informação, técnico de hardware/software, técnico de helpdesk, gestor de projeto e comercial.

Em termos concretos, a associação propõe sete cursos de reconversão, que têm por base os profissionais mais necessários nesta área, sendo identificado para cada curso o tipo de profissão de origem, tendo em conta as possibilidades efetivas de reconversão e os dados estatísticos do desemprego.

Os professores de diferentes níveis de ensino, os psicólogos e os engenheiros civis foram as profissionais em destaque que, com a formação adequada, podem abraçar uma nova profissão.

Na opinião do presidente da ANETIE, Vítor Rodrigues, as conclusões do estudo são «particularmente úteis para as empresas do setor tecnológico e para a população desempregada, na medida em que este diagnóstico, muito focado nas reais necessidades e prioridades do tecido empresarial, permite lançar um plano de ação com vista à qualificação e ao emprego».

Segundo Vítor Rodrigues, a aposta na competitividade deste setor deve fazer-se através da especialização do capital humano, sendo para isso «crucial que decisores públicos e instituições de formação tomem em consideração os resultados do diagnóstico agora lançado».

Outra das ideias defendidas pelo presidente da associação é que «uma das restrições que se têm imposto ao crescimento do setor é a escassez persistente de profissionais com um perfil de competências correspondente ao dos postos de trabalho disponíveis».

De acordo com esta pesquisa, «cerca de 78% das 49 empresas de TI inquiridas possui programadores, sendo que 51% delas destacam estes recursos na hora de especificar quem pretendem contratar».

Outros dados desta pesquisa – feita em colaboração com a Universidade Portucalense – revelam que das empresas que participaram 69,4% têm, no máximo, 50 empregados e apenas 12,4% acima de 100, tendo a sua maioria sede no Porto.


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