Comissário dos Assuntos Económicos avisa, no entanto, que a ajuda a Portugal está dependente do cumprimento das metas do défice.
O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, mostraram-se confiantes de que na reunião de hoje se consiga chegar a um acordo para estender as maturidades de parte dos empréstimos da ‘troika’ a Portugal e Irlanda. «Vamos tentar chegar a um acordo sobre a extensão das maturidades para Portugal e Irlanda», disse Jeroen Dijsselbloem, à entrada para o Eurogrupo em Dublin. «É muito importante para estes países. E não prova que os programas não funcionam, prova que de facto funcionam, porque vai ajudá-los a sair do programa», acrescentou, frisando que o alargamento vai permitir que Lisboa e Dublin tenham «acesso pleno ao mercado outra vez». No entanto, numa altura em que o governo português ainda não detalhou o seu plano para compensar o efeito das medidas orçamentais declaradas inconstitucionais, equivalentes a 0,8% do PIB, Rehn realçou que a ajuda a Portugal está condicionada à capacidade do País atingir as metas orçamentais acordadas. Além do dossiê de Portugal e Irlanda, os ministros das Finanças da União Europeia irão também discutir a união bancária, reforma que Olli Rehn espera estar a funcionar a partir de 2015. Outro dos temas das reuniões dos ministros das finanças europeias, introduzido na agenda à última hora, é o dos paraísos fiscais e do sigilo bancário. E o assunto promete ser polémico. A ministra das finanças austríaca, por exemplo, defendeu, citada pela Reuters, que a Áustria vai continuar com as suas leis de sigilo bancário e irá defendê-las.