PSD critica Câmara da Guarda por aquisição de serviços a candidato ao executivo

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O contrato foi publicado esta segunda-feira no portal Base, plataforma que centraliza a informação sobre os contratos públicos celebrados em Portugal.

A concelhia do PSD da Guarda criticou o executivo da Câmara Municipal, liderado por Sérgio Costa, por adquirir serviços no valor de 74.400 mil euros a um candidato pelo movimento que gere a autarquia.

Em comunicado enviado à Lusa, a estrutura partidária censura a decisão do executivo camarário por ter adquirido serviços a António Pereira, o quinto da lista candidata do movimento Pela Guarda à Câmara nas eleições de 2021, como gestor do projeto Bairro Comercial Digital Guarda – Zona Alta, no âmbito de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A concelhia social-democrata decidiu denunciar de imediato a situação “por ser demasiado escandalosa”, considerando ser “mais uma atitude vergonhosa que envolve o executivo da autarquia da Guarda”.

O contrato foi publicado esta segunda-feira no portal Base, plataforma que centraliza a informação sobre os contratos públicos celebrados em Portugal. A aquisição dos serviços tem um valor de 74.400 euros com duração de 730 dias.

“Um executivo que atribui um montante desta dimensão a um elemento que foi candidato na sua lista, que tem familiares diretos com assento na Assembleia Municipal, não pode passar impune”, aponta a concelhia do PSD.

O partido questiona se “é esta a ‘palavra’ de apoio aos jovens que deram na candidatura” e se “são estas as condições que um concelho deve dar aos jovens para desenvolverem os seus projetos”.

No comunicado, os social-democratas sustentam que é “mais uma notícia que envergonha a Guarda e que vem fazer mais uma demonstração cabal daquilo que é o movimento independente que gere este executivo”.

A concelhia revela ainda que na próxima Assembleia Municipal a bancada do PSD irá instar o presidente daquele órgão a solicitar ao executivo “um relatório exaustivo e desde o início do mandato de todas as despesas, atribuições de verbas e donativos”.

A agência Lusa tentou obter um comentário do presidente da Câmara da Guarda, mas até ao momento não foi possível.


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