Filipe Almeida, presidente da Iniciativa Portugal Inovação Social, esteve esta sexta-feira em Serralves, no Porto, para apresentar publicamente este instrumento de financiamento e, ao final da manhã, uma equipa de técnicos explicou aos interessados como devem concorrer.
O Instrumento Capacitação para o Investimento Social tem, no total, 15 milhões de euros para atribuir até 2020, mas para já estarão em concurso três milhões, para apoiar o desenvolvimento de competências organizativas e de gestão, de forma a atrair e aplicar investimento social.
É um apoio não reembolsável, direto ao beneficiário, de projetos de capacitação até 18 meses, com financiamento público máximo de 50 mil euros, nos quais se incentiva o acompanhamento de especialistas junto das organizações para desenvolvimento conjunto de conhecimento relevante crítico para o projeto de inovação social que se pretende implementar.
Filipe Almeida quer abrir vários concursos, ao longo dos anos, sendo de esperar que a próxima fase tenha lugar no segundo semestre deste ano.
Podem candidatar-se organizações da Economia Social, voltadas para a inovação, e que queiram fazer um de três tipos de formação. A primeira, que só terá um quinto do dinheiro disponível, é formação tradicional, dada por entidades certificadas em sala de aula.
Para o Portugal Inovação Social, mais interessantes são os dois outros tipos de capacitação: consultoria e mentoria.
No primeiro caso, as organizações solidárias podem escolher o formador, que se desloca à instituição para ensinar e ajudar os técnicos a desenvolver projetos, em áreas como a financeira, o marketing. O segundo caso, da mentoria destina-se a dar aos gestores das organizações competências em áreas de gestão de pessoal ou liderança.
Em Portugal, o conceito de inovação social traduz-se numa nova forma de responder a problemas sociais, em geral complementar às respostas tradicionais, com elevado impacto social e consumos de recursos mais eficientes.
A esta breve definição, o presidente da iniciativa Portugal Inovação Social, Filipe Almeida, acrescenta a convicção de que esta possibilidade de financiamento “pode representar um impulso fundamental na promoção e disseminação da inovação social e, como consequência desejável, na melhoria sustentável da qualidade de vida de muitas pessoas”.