As perspetivas são de um bom ano, com a produtividade da cereja, ou seja a quantidade de frutos obtidos por superfície plantada, a subir consideravelmente face a 2014, destaca o INE.
Após alguma apreensão devido à instabilidade do tempo, no início do mês de maio, nas principais regiões produtoras, o vento forte terá beneficiado a produção desta cultura muito sensível às condições climatéricas, fazendo uma monda natural dos frutos vingados que poderiam comprometer a colheita.
O pêssego deve registar igualmente um aumento da produtividade, da ordem dos 5%, antecipando-se que a atual campanha venha a ser uma das melhores dos últimos anos, à semelhança da anterior, com um máximo histórico de 12 toneladas por hectare.
Também positiva é a evolução do tomate para indústria, prevendo-se um aumento de 10% na área plantada, bem como do girassol (+15%), que ocupa algumas áreas anteriormente semeadas com milho.
O mês de maio foi o segundo mais quente dos últimos oitenta e quatro anos, sendo a precipitação inferior ao valor médio deste mês, principalmente nas regiões a sul do Tejo.
A conjugação das altas temperaturas com a falta de chuva acelerou a maturação dos cereais de inverno, antecipando o fim do ciclo vegetativo das pastagens e forragens.
Ainda assim esperam-se aumentos generalizados no rendimento dos cereais de inverno (+5% no trigo e na cevada, 10% no triticale e na aveia).