Neste Dia Internacional da Mulher, recordamos Carolina Beatriz Ângelo que nasceu na Guarda em 1878, onde fez os estudos primários e secundários. Em Lisboa, estudou medicina, concluindo o curso em 1902, tornando-se a primeira médica portuguesa a operar no Hospital de São José, dedicando-se mais tarde à especialidade de ginecologia.
A militância cívica iniciou-a em 1907, em conjunto com outras médicas, vindo a aderir a movimentos femininos a favor da paz e da implantação da República e à Maçonaria e tornando-se defensora dos direitos das mulheres, nomeadamente o de votar.
Sufragista, destacou-se como militante da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, fundadora e presidente da Associação de Propaganda Feminista.
A primeira lei eleitoral da República Portuguesa reconhecia o direito de votar aos «cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família».
Assim, a 28 de maio de 1911, nas eleições para a Assembleia Constituinte, Carolina Beatriz Ângelo tornou-se a primeira mulher portuguesa a exercer o direito de voto.
Em 2012, Carolina Beatriz Ângelo foi homenageada na Assembleia da República.