A abstenção nas eleições presidenciais de domingo foi de 54,55 por cento no território nacional, a mais elevada de sempre em sufrágios para a escolha do chefe de Estado.
Nestas eleições em contexto de pandemia, nas quais Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República, votaram 4,2 milhões de eleitores, menos de metade dos 9,3 milhões de inscritos no território nacional.
A taxa de abstenção, que se situou nos 54,55 por cento, foi a mais elevada em eleições presidenciais, ultrapassando a registada na reeleição de Aníbal Cavaco Silva, em 23 de janeiro de 2011, em que 53,56 por cento dos eleitores optaram por não ir às urnas.
Estes dados referem-se apenas a Portugal continental e Regiões Autónomas, faltando apurar todos os resultados das votações no estrangeiro.
As eleições presidenciais de domingo voltaram a confirmar a tendência para uma maior abstenção quando se trata de um segundo mandato.
Nas eleições de domingo os votos brancos atingiram 1,11 por cento e os nulos 0,94 por cento. No primeiro caso, esta percentagem foi menor relativamente às eleições presidenciais de 2016, nas quais se registaram 1,24 por cento de votos brancos, mas os votos nulos foram, nestas eleições, em maior percentagem em comparação com os 0,92 por cento de 2016.