Beira Interior
A praga da mosca da azeitona pode arruinar um quinto da produção de azeite da Beira Interior, revelou João Pereira, presidente da Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI). O mês de Agosto foi mais fresco que o habitual e faltou calor para matar a mosca que “deixou muita azeitona picada”, lamentou, acrescentando que na região “há pouco hábito de tratamento das pragas do olival”.
A APABI, que abrange os distritos de Castelo Branco e Guarda, receia numa primeira estimativa que a praga faça baixar a produção das habituais 6.000 toneladas para um pouco abaixo das 5.000. João Pereira espera que o azeite deste ano já possa chegar ao público com a marca “Azeite da Beira Interior”, fruto de um projecto da APABI para criação de uma unidade de embalamento e comercialização em 2012.
A Beira Interior “é a região do país que tem mais lagares de azeite” que a associação pretende juntar numa única marca que seja mais rentável do que a actual dispersão, disse, indicando que o projecto “está em análise junto das entidades financiadoras e com perspectivas positivas”. A APABI junta 58 dos 120 lagares de azeite da Beira Interior, responsáveis por 80% da produção de azeite da região. A maioria dos produtores da região começa a apanhar azeitona nas próximas semanas e os 120 lagares abrem a partir de Novembro para processar as entregas.
