Portugal vai ter uma Rota das Judiarias, um percurso geográfico e cultural sobre a presença judaica no território, cuja criação contará com um investimento de cinco milhões de euros.
A ideia é criar um «programa de levantamento, reabilitação, organização e disponibilização do património tangível e intangível relacionado com a componente judaica portuguesa», em parceria com a Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad, criada em 2011. A criação da Rota das Judiarias contará com um investimento de cerca de cinco milhões de euros, dos quais 15 por cento (cerca de 750 mil euros) serão suportados pelo Estado. O anúncio da criação da Rota das Judiarias acontecerá na sexta-feira, na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, do embaixador da Noruega em Portugal, Ove Thorsheim, e de representantes dos fundadores da Rede de Judiarias de Portugal-Rotas de Sefarad. Da Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad fazem parte cerca de vinte municípios do país e entidades regionais de turismo, com o objetivo de defender o património arquitetónico, histórico e cultural relacionado com a herança judaica. «O contributo dos judeus portugueses para a história do mundo foi enorme», lê-se na página oficial da Rede na Internet, elogiando o papel do safarditas portugueses desde há mais de 500 anos em diferentes áreas, da ciência náutica à medicina. A rede inclui os municípios de Belmonte – onde existe uma forte presença da cultura judaica e onde se situa o Museu Judaico -, Guarda, Freixo de Espada à Cinta, Santarém, Tomar, Penamacor e Vila Nova de Foz Côa, entre outros. Do conselho consultivo da rede fazem parte, por exemplo, o escritor Richard Zimler, o historiador Elísio Summavielle, o rabino da comunidade judaica de Belmonte, Elisha Salas, e o embaixador de Israel em Lisboa, Ehud Gol.