Portugal exportou quase mais 50% de executivos

PageGroup revela que mais 47% portugueses foram trabalhar para fora, em 2012. Com as empresas em Portugal a precisarem de se internacionalizar e de exportar para mercados emergentes para vencer a falta de consumo doméstico e rentabilizar o negócio, o aumento da expatriação de executivos é uma notícia que já se esperava. E os número […]

PageGroup revela que mais 47% portugueses foram trabalhar para fora, em 2012.
Com as empresas em Portugal a precisarem de se internacionalizar e de exportar para mercados emergentes para vencer a falta de consumo doméstico e rentabilizar o negócio, o aumento da expatriação de executivos é uma notícia que já se esperava. E os número aí estão a comprová-lo:o número de trabalhadores portugueses expatriados, em 2012, aumentou cerca de 47%, segundo um estudo do Pagegroup. «A falta de dinamismo do mercado laboral em Portugal e a procura de novas oportunidades por parte dos candidatos» são as causas apontadas pela consultora de recrutamento internacional para este significativo aumento dos executivos que a empresa envia para o estrangeiro. Álvaro Fernández, diretor geral do PageGroup, explica que «as organizações nacionais procuram aproveitar ao máximo as oportunidades que os novos mercados oferecem. Neste contexto, tem sido necessário realizar um processo de internacionalização através da deslocalização dos profissionais para países com economias emergentes». Por outro lado, cada vez mais colaboradores qualificados querem ir trabalhar para fora: porque têm acesso a melhores condições económicas, fiscais e, eventualmente, a um melhor posto de trabalho.
Perfil dos expatriados
Entre os expatriados mais requisitados estão os perfis tecnológicos, os engenheiros e os financeiros, porque a abertura de uma filial noutro país requer que se contrate um profissional de confiança para a gestão do departamento financeiro da empresa. Aqui haverá, segundo o PageGroup, um aumento exponencial de recrutamento de perfis mais específicos como ‘Controller ‘Financeiro Internacional, director financeiro, CFO e ‘Sénior International Accountant’. Também a contratação de engenheiros civis para o estrangeiro deverá aumentar em 2013, já que não se prevê uma melhoria significativa do setor da construção em Portugal. O mesmo estudo revela que não são só as empresas nacionais que estão a mandar portugueses lá para fora, também há países a procurar candidatos portugueses, principalmente Angola, Moçambique e Brasil e, na Europa, Alemanha, a Suíça e países escandinavos.
Como se devem preparar os candidatos?
Uma pós-graduação internacional e saber idiomas das economias emergentes são pontos a favor. Ter uma pós-graduação, um mestrado ou um MBA internacional «permite ao candidato ganhar uma vantagem competitiva. Também os programas de intercâmbio académico, como o Erasmus, poderão ser relevantes na hora da empresa internacional escolher o candidato», diz Álvaro Fernández. Ter um domínio do inglês é, obviamente, fundamental. Mas não só. Começa a ser muito vantajoso dominar outros idiomas «sobretudo das economias emergentes», acrescenta o responsável do PageGroup, como o espanhol, o alemão e até o mandarim. «Se o profissional dominar a língua nativa do país para onde pretende emigrar, terá muito mais hipóteses de ser selecionado. A formação certificada em escolas de idiomas pode também ser uma mais-valia», defende o mesmo responsável.

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